IBGE revela números de salários dos trabalhadores

A pesquisa indica que mais de um terço da força de trabalho, especificamente 35,3%, recebe até um salário mínimo
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Um estudo recente realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base em dados iniciais do Censo Demográfico de 2022, revelou que a maioria dos trabalhadores brasileiros encontra-se com salários próximos ao mínimo estabelecido.

A pesquisa indica que mais de um terço da força de trabalho, especificamente 35,3%, recebe até um salário mínimo, tornando esse patamar o mais comum no cenário laboral nacional.

Intervalo salarial mais predominante no Brasil

A investigação do IBGE foi feita utilizando informações coletadas entre 25 e 31 de julho de 2022, quando o salário mínimo era fixado em R$ 1.212.

Foram considerados ativos os indivíduos a partir de 14 anos que realizaram alguma atividade remunerada ou estavam temporariamente afastados do trabalho.

Esse estudo não apenas ressalta a concentração de renda em níveis mais baixos, mas também expõe desigualdades acentuadas ao se considerar variáveis como gênero, etnia e região.

Embora uma parte significativa da população receba até dois salários mínimos, somente 7,6% dos trabalhadores ganham acima de cinco salários, o que correspondia a mais de R$ 6.060 durante o período da coleta.

Essa disparidade é ainda mais pronunciada no topo da estrutura salarial, onde apenas 0,7% da força de trabalho apresenta rendimentos mensais superiores a 20 salários mínimos.

Variações salariais no Brasil

A análise regional do estudo evidencia a desigualdade entre as diferentes regiões do Brasil.

Enquanto a média nacional de rendimento é de R$ 2.851, as regiões Norte e Nordeste apresentam valores muito inferiores, com destaque para o Maranhão, onde a média é de apenas R$ 1.855.

Os melhores salários estão no Distrito Federal, que lidera com R$ 4.715, seguido por São Paulo e Santa Catarina.

Além disso, as diferenças se tornam ainda mais evidentes ao examinar o perfil dos trabalhadores.

Os homens, em média, ganham 24% a mais do que as mulheres. Os salários de pessoas brancas e amarelas também superam em muito os de pretos, pardos e indígenas, que detêm a menor média salarial do país.

O Índice de Gini, que avalia a concentração de renda, evidencia um cenário de desigualdade acentuada: em 2022, o Brasil obteve uma pontuação de 0,542, com as regiões Norte e Nordeste apresentando os maiores níveis de desigualdade.

Além disso, a taxa de ocupação caiu em comparação com o Censo anterior, ressaltando os desafios contínuos em relação ao acesso a empregos formais e devidamente remunerados.

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