A circulação de mensagens nas redes sociais deixou milhares de beneficiários esperando uma suposta parcela extra do 13º salário vinculada ao Bolsa Família.
Mas, ao contrário das expectativas, a informação não procede. O tema voltou a gerar dúvidas e criou uma onda de falsas esperanças pelo país.
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) precisou se pronunciar oficialmente para encerrar os boatos e reforçar as regras do programa social. Veja, abaixo, o que é verdade, e o que não passa de fake news.
O Bolsa Família tem 13º salário?
Não. O governo federal afirmou que é fake a existência de qualquer parcela extra do 13º salário para beneficiários do Bolsa Família.
Segundo o MDS, o programa foi reformulado em 2023 e passou a contar com novos valores e benefícios, mas sem previsão de pagamento adicional no fim do ano.
Como funciona o pagamento do Bolsa Família
Mesmo sem o 13º, o programa garante um conjunto de benefícios que eleva a renda das famílias em situação de vulnerabilidade.
Hoje, o valor mínimo é de R$ 600 por família, com adicionais que variam conforme a composição familiar:
- Benefício de Renda de Cidadania (BRC): R$ 142 por pessoa da família;
- Benefício Complementar (BCO): valor adicional para garantir um total mínimo de R$ 600 por família;
- Benefício Primeira Infância (BPI): acréscimo de R$ 150 por criança de 0 a 7 anos;
- Benefício Variável Familiar (BVF): acréscimo de R$ 50 para gestantes e crianças de 7 a 18 anos.
- Benefício Variável Familiar Nutriz (BVN): acréscimo de R$ 50 por membro da família com até sete meses de idade (nutriz)
Além disso, cada integrante passou a receber o Benefício de Renda de Cidadania, no valor de R$ 142 por pessoa, assegurando renda mínima individual.
Quem realmente recebe o 13º salário em 2025?
Apesar de o Bolsa Família não contar com 13º salário, o benefício extra continua garantido para trabalhadores que possuem vínculo empregatício.
O pagamento segue a legislação trabalhista e é destinado a quem exerce atividade com carteira assinada no setor público ou privado, incluindo empregados domésticos, trabalhadores rurais e demais profissionais contratados dentro das regras da CLT.
Além disso, aposentados e pensionistas também recebem o 13º, conforme previsto nas normas de cada regime.
Na prática, o 13º funciona como uma remuneração extra proporcional ao período trabalhado ao longo do ano.
Em muitos casos, essa quantia é fundamental para o planejamento financeiro das famílias, seja para pagar dívidas, reforçar despesas de fim de ano ou garantir um fôlego no orçamento.
Assim, mesmo sem a inclusão do benefício no Bolsa Família, o 13º permanece como um direito trabalhista voltado a quem possui renda formal ou recebe benefícios previdenciários.