O salário mínimo, pilar central da economia nacional, terá um novo patamar em 2026.
O valor reajustado é vital, pois serve de referência não apenas para a remuneração de trabalhadores formais, mas também para o cálculo de aposentadorias e uma vasta gama de benefícios sociais, afetando o orçamento de milhões de famílias brasileiras.
Piso nacional atinge R$ 1.631
Em linha com a política de valorização adotada pelo governo federal, que visa assegurar o poder de compra da população, o piso nacional será novamente corrigido.
O Ministério do Planejamento e Orçamento confirmou que o salário mínimo passará dos R$ 1.518 previstos para 2025 para R$ 1.631 em 2026. Este aumento representa uma variação de 7,44% e segue a legislação que busca garantir um ganho real, ou seja, um aumento acima da inflação.
Política de ganho real
A metodologia de reajuste que inclui a correção pela inflação mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) não é uma novidade, mas sim o retorno de uma política consolidada que visa combater a perda do poder aquisitivo e injetar dinheiro na economia.
Historicamente, essa fórmula, estabelecida em diferentes períodos, garantiu que o piso salarial nacional avançasse além da simples reposição inflacionária. A retomada deste modelo busca equilibrar a recuperação da renda dos trabalhadores com a responsabilidade fiscal.
- Mecanismo de Cálculo: A correção do salário mínimo é feita com base na Lei de Valorização, um mecanismo que combina dois fatores essenciais:
- Reposição da Inflação: Utiliza-se a inflação acumulada do ano anterior (medida pelo INPC) para evitar que o trabalhador perca poder de compra.
- Crescimento Real: Considera-se o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores, fornecendo o chamado “ganho real”.
Em cenários de retração econômica (PIB negativo), o ajuste é limitado à reposição da inflação, garantindo a manutenção do valor sem onerar excessivamente as contas públicas.
Impacto Social e Econômico
O novo valor do piso tem um efeito cascata em toda a economia e na área social:
- Beneficiários Diretos: O reajuste beneficia diretamente mais de 25 milhões de pessoas, incluindo trabalhadores, aposentados, pensionistas e cidadãos amparados por programas sociais.
- Consumo: Ao elevar a renda disponível, especialmente nas faixas de baixa e média renda, o novo mínimo estimula o consumo, impulsionando o comércio e os serviços.
- Cálculos Vinculados: O salário mínimo é a base para o cálculo de indenizações, adicionais trabalhistas, o abono salarial e tem peso significativo nos gastos do governo com benefícios previdenciários e assistenciais.
A definição do piso para 2026 reafirma o compromisso com a valorização do salário mínimo, buscando resgatar o poder de compra dos brasileiros e fortalecer o crescimento econômico do país.