O início de 2025 marcou um novo ciclo de valorização do salário mínimo no Brasil, trazendo expectativas de impacto positivo na economia e na vida dos trabalhadores.
O reajuste, que começou com o pagamento em fevereiro referente aos serviços de janeiro, não apenas elevou o poder de compra da população, mas também estabeleceu uma base para o planejamento do governo nos próximos anos.
O valor fixado para o salário mínimo de 2025 é de R$ 1.518. Este montante representa um aumento de 7,5% em comparação com os R$ 1.412 vigentes em 2024, significando um acréscimo de R$ 106 na renda mensal do trabalhador com carteira assinada.
Este percentual de reajuste notavelmente superou a inflação registrada no período anterior, garantindo um ganho real que se estende para diversos benefícios sociais e trabalhistas, como os valores de aposentadorias, pensões e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Projeto de Lei Orçamentária anual
Em uma visão de médio prazo, o Governo Federal já sinalizou suas intenções para o próximo ano. O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) enviado ao Congresso Nacional projeta que o salário mínimo de 2026 suba para R$ 1.631.
Esta estimativa reflete uma variação de 7,44% sobre o piso atual, sendo calculada com base na inflação esperada, somada a um ganho real de 2,5%. Embora este valor ainda dependa de votação e aprovação pelo Congresso, a inclusão na proposta orçamentária já indica o compromisso de manter a política de valorização.
O conceito de aumento real, que ocorre quando o reajuste do salário mínimo supera o índice inflacionário, é visto por muitos como uma conquista fundamental para os trabalhadores.
Na prática, o dinheiro recebido ao final do mês adquire maior poder de compra do que no ano anterior, oferecendo uma recuperação orçamentária essencial para despesas básicas como alimentação, transporte e moradia.
A discussão sobre reajustes acima da inflação, contudo, divide a opinião pública e econômica. De um lado, defensores argumentam que a valorização do piso é uma poderosa ferramenta para fortalecer a economia pela base, pois ao injetar mais dinheiro nas mãos de quem mais consome, o governo estimula diretamente o comércio e o setor de serviços.
Por outro lado, críticos alertam que um aumento real pode gerar uma pressão significativa sobre os gastos públicos (devido aos benefícios sociais atrelados ao mínimo) e elevar os custos da folha de pagamento para empresas, o que, segundo eles, poderia impactar negativamente a economia e a inflação a longo prazo.