quinta-feira,
13 de novembro de 2025

Saque Calamidade do FGTS: quais desastres naturais permitem seu uso

Trata-se de um dos principais apoios financeiros oferecidos aos trabalhadores que sofrem com tragédias

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O Saque Calamidade do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) é um dos principais apoios financeiros oferecidos aos trabalhadores que sofrem com tragédias, funcionando como um alívio imediato em momentos de extrema necessidade.

Esta modalidade permite que o trabalhador retire um valor de sua conta do FGTS para reconstruir sua vida após ser afetado por um desastre natural. 

No entanto, é fundamental saber que apenas alguns eventos se enquadram nas regras estabelecidas pela Caixa Econômica Federal e pela legislação.

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Veja mais detalhes a seguir.

Quais desastres naturais são elegíveis?

O Saque Calamidade é liberado em casos de necessidade pessoal, urgente e grave, quando a residência do trabalhador é atingida por fenômenos naturais específicos, desde que o município tenha a Situação de Emergência ou o Estado de Calamidade Pública formalmente reconhecido pelo Governo Federal.

De acordo com a Caixa Econômica Federal e a legislação do FGTS, os eventos que justificam a liberação do recurso incluem:

  • Enchentes ou Inundações: tanto as graduais quanto as bruscas (enxurradas) e os alagamentos.
  • Inundações Litorâneas: aquelas provocadas pela brusca invasão do mar.
  • Ventos Extremos:
    • Precipitações de granizo.
    • Vendavais ou tempestades.
    • Vendavais muito intensos ou ciclones extratropicais.
    • Vendavais extremamente intensos, furacões, tufões ou ciclones tropicais.
    • Tornados e trombas d’água.
  • Movimento de Massa:
    • Desastres decorrentes do rompimento ou colapso de barragens que causem movimento de massa e danos a unidades residenciais.

O saque só é autorizado para trabalhadores residentes nas áreas comprovadamente atingidas e que tenham tido suas moradias diretamente danificadas pelo evento natural.

Requisitos e limites para o saque calamidade

Para ter direito ao Saque Calamidade, o trabalhador deve atender às seguintes condições:

  1. Residir na Área Afetada: O município de residência deve ter tido o decreto de Situação de Emergência ou Estado de Calamidade Pública reconhecido pelo Governo Federal.
  2. Comprovação de Dano: Ter a residência comprovadamente danificada pelo desastre natural, conforme identificação da Defesa Civil municipal.
  3. Saldo no FGTS: Possuir saldo disponível na conta vinculada do FGTS.
  4. Intervalo Mínimo: Não ter realizado outro saque pelo mesmo motivo (desastre natural) em período inferior a 12 meses. (Exceções podem ser abertas por decretos específicos do Governo Federal em situações de grande catástrofe, como ocorreu no Rio Grande do Sul em 2024).

Valor máximo do saque calamidade

O valor do saque corresponde ao saldo disponível na conta do FGTS, limitado à quantia de R$ 6.220,00 por evento caracterizado como desastre natural.

Como solicitar o saque calamidade

A solicitação é simples e pode ocorrer de forma 100% digital, por meio do aplicativo oficial do FGTS, disponível para Android e iOS.

Passo a Passo Pelo App FGTS:

  1. Acesse o aplicativo FGTS e faça login.
  2. Em seguida, selecione a opção “Meus Saques”.
  3. Escolha a opção “Outras Situações de Saques” e, em seguida, “Calamidade Pública”.
  4. Informe o município e siga os passos para envio da documentação (geralmente documento de identificação, comprovante de residência emitido nos 120 dias anteriores ao decreto de calamidade, e Carteira de Trabalho).
  5. Por fim, indique uma conta da Caixa ou de outra instituição financeira para crédito dos valores.

A Caixa Econômica Federal fará a análise da solicitação e, se estiver tudo correto, o valor cairá na conta informada. 

Por fim, o trabalhador tem um prazo de até 90 dias após a publicação da Portaria do Governo Federal para solicitar o saque.

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Ana Lima
Ana Lima
Ana Lima é formada em Comunicação Social pela Universidade Estácio de Sá e já atua na profissão há mais de 30 anos. Já foi repórter, diagramadora e editora em jornais do interior e agora atua na mídia digital. Possui diversos cursos na área de jornalismo e já atuou na Câmara Municipal de Teresópolis como assessora de imprensa.

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