quarta-feira,
12 de novembro de 2025

FGTS pode liberar uso maior para quitar parcelas de imóveis de até R$ 2,25 milhões

Conselho do FGTS deve aprovar o uso do saldo para quitar parcelas de imóveis de até R$ 2,25 milhões e definir orçamento de R$ 160 bilhões para 2026

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O Conselho Curador do FGTS avalia nesta terça-feira (12) uma mudança importante nas regras de financiamento habitacional. 

A proposta em discussão deve permitir que os trabalhadores usem parte do saldo de suas contas vinculadas ao FGTS para abater prestações de imóveis de até R$ 2,25 milhões, um valor bem acima do limite atual, que é de R$ 1,5 milhão.

A medida, se aprovada, deve trazer alívio para quem busca reduzir dívidas antigas e se enquadra nas faixas de financiamento do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). 

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A mudança segue uma resolução recente do Conselho Monetário Nacional (CMN), aprovada em outubro, que já havia elevado o teto de imóveis financiados pelo SFH.

Entenda a decisão do Conselho do FGTS

Na prática, o ajuste é uma adequação às novas regras do mercado. O SFH utiliza recursos do FGTS e da poupança, com juros máximos de 12% ao ano. 

O aumento do limite para R$ 2,25 milhões amplia o público apto a usar o fundo como apoio para quitar parcelas de financiamentos mais altos.

Com o movimento, bancos e instituições financeiras esperam maior estímulo ao crédito imobiliário. O CMN também aprovou a liberação de mais recursos da poupança e elevou a cota de financiamento, o que deve facilitar a aquisição de imóveis no país.

Investimentos e orçamento do FGTS para 2026

Além da ampliação do limite, o Conselho Curador deve votar o orçamento do FGTS para o próximo ano. A previsão é de R$ 160 bilhões destinados a financiamentos habitacionais e projetos de saneamento em 2026.

Desse montante, R$ 144 bilhões devem ser reservados para o programa Minha Casa Minha Vida, que continua sendo a principal iniciativa de acesso à moradia no país.

A expectativa é que as decisões fortaleçam o mercado imobiliário, impulsionem o setor da construção civil e ampliem o uso do FGTS em benefício dos trabalhadores.

O uso do FGTS pelo governo federal

O FGTS é uma das principais fontes de recursos para políticas habitacionais no Brasil.

O dinheiro depositado mensalmente pelos empregadores nas contas dos trabalhadores é aplicado em programas que estimulam a compra da casa própria, como o Minha Casa Minha Vida e financiamentos do Sistema Financeiro da Habitação (SFH).

Esses recursos rendem juros e, ao mesmo tempo, retornam à economia por meio de empréstimos com taxas menores que as do mercado tradicional.

Assim, o fundo cumpre duas funções: garante uma reserva ao trabalhador e financia o desenvolvimento urbano, ajudando milhões de famílias a conquistarem moradias com condições mais acessíveis.

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Aécio de Paula
Aécio de Paula
Jornalista formado pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e pós-graduado em Direitos Humanos pela mesma instituição. Atua na produção, edição e apuração de conteúdos sobre política, economia, sociedade e cultura, com experiência em redações e portais de notícia.

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