quarta-feira,
19 de novembro de 2025

Mulheres chegam a 44% dos CNPJs MEI ativos

De acordo com os dados obtidos, entre os aproximadamente 16 milhões de CNPJs MEI ativos no Brasil, 44% pertencem a mulheres

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O Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino é comemorado anualmente em 19 de novembro. No Brasil, a implementação do MEI (microempreendedor individual) tem sido um fator significativo na promoção da democratização de oportunidades e na busca por independência financeira para as mulheres.

A pesquisa mais recente, intitulada “O Corre do MEI”, conduzida pela MaisMei, que facilita e simplifica a administração de negócios através de seu SuperApp, revelou o perfil típico das microempreendedoras, bem como sua relevância em setores críticos como o comércio.

De acordo com os dados obtidos, entre os aproximadamente 16 milhões de CNPJs MEI ativos no Brasil, 44% pertencem a mulheres. Dentre elas, o ramo de vendas é o mais significativo, com 27,8% atuando nesse campo. Os setores de beleza e estética (16,76%) e alimentação (14,96%) também mostram uma forte presença feminina.

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Quando observamos a questão racial, nota-se que 53,9% das empreendedoras se identificam como negras, incluindo 42,1% que se consideram pardas, enquanto 43,3% se identificam como brancas.

O aspecto educacional também é significativo: 37,6% possuem ensino médio, e 20,9% têm formação superior, com a maior parte delas na faixa etária de 35 a 44 anos (31,7%).

Barreiras

Apesar dos avanços, algumas barreiras ainda persistem, sendo a desigualdade salarial a mais proeminente. A pesquisa revelou que, atualmente, a faixa de faturamento mensal mais comum entre as mulheres MEI é de até 4 mil reais, com 23,2% delas faturando menos que 2 mil reais, enquanto 26,6% recebem entre 2 mil e 4 mil reais.

Em comparação, entre microempreendedores homens, 11,3% estão na categoria de rendimentos acima de 6 mil reais mensais, enquanto apenas 4,9% das mulheres atingem esse patamar.

Razões para ser MEI

A pesquisa também explorou os motivos que incentivam as mulheres a se tornarem empreendedoras. O desejo de ter um negócio próprio é a principal motivação, com 26,11% mencionando isso, demonstrando a busca por autonomia.

A “formalização” (18,99%) é vista como um passo crucial para validar suas atividades no mercado. Além disso, a aspiração por aumentar a renda (10,65%) reflete a busca por melhorar suas condições financeiras.

A “flexibilidade de horários” (7,70%) e os “benefícios fiscais e INSS” (7,15%) indicam uma procura por segurança econômica. Um total de 29,39% mencionou ter “outros motivos”, sem dar detalhes.

Adicionalmente, segundo a MaisMei, 39,5% das empreendedoras dedicam menos de 20 horas por semana a seus negócios, sugerindo uma possível sobrecarga de responsabilidades ou a necessidade de equilibrar a vida profissional com a pessoal, levando muitas a exercer jornadas duplas ou até triplas.

A pesquisa “O Corre do MEI” foi baseada em uma amostra de 5.640 participantes, alcançando uma confiabilidade de 99% e uma margem de erro de 2%.

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Thais Rodrigues
Thais Rodrigues
Formada em Jornalismo desde 2009 pela Unicsul e também pós-graduada em Jornalismo Esportivo pelo Centro Universitário FMU. Atualmente trabalhando nas áreas de redação, marketing e assessoria de imprensa.

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