quarta-feira,
26 de novembro de 2025

Imposto de Renda: governo bate o martelo sobre isenção para salários de até R$ 5 mil

Lula deve sancionar na próxima semana a isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil. Haddad afirma que medida passa a valer em janeiro

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A discussão sobre o Imposto de Renda voltou a ganhar força após uma sinalização direta do governo federal. 

Em meio a um evento público, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que a isenção para quem recebe até R$ 5 mil por mês está muito perto de virar realidade.

A mudança, segundo ele, já tem data prevista para ser oficializada. A declaração foi feita durante a abertura do Salão do Automóvel e chamou atenção pela forma categórica com que o ministro tratou o assunto.

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De acordo com Haddad, o presidente Lula vai sancionar a nova regra do Imposto de Renda na próxima semana. 

Caso isso ocorra dentro do cronograma apresentado, a medida passará a valer a partir de 1º de janeiro, garantindo que trabalhadores dentro desse faixa salarial não paguem mais o tributo.

O que Haddad disse sobre a isenção

Durante o evento, o ministro afirmou que a mudança é parte de um conjunto de medidas defendidas pelo governo. Ele destacou que, com a nova tabela do Imposto de Renda, quem recebe até R$ 5 mil “não pagará Imposto de Renda neste país”.

A fala reforça a promessa feita anteriormente pela gestão federal, que vinha pressionada pela defasagem histórica na tabela do IR.

Governo cita redução da desigualdade

Haddad também fez referência ao cenário econômico atual. Para ele, o país vive uma queda inédita nos níveis de desigualdade, resultado direto das ações implementadas pelo presidente Lula. O ministro mencionou o Índice de Gini, que deve ser divulgado em breve, como prova desse movimento.

Segundo afirmou, medidas como a revalorização do salário mínimo e o ajuste da tabela do Imposto de Renda contribuíram para esse avanço. Para o governo, esses fatores serão determinantes para retirar o Brasil da lista das dez nações mais desiguais do planeta.

Os impactos da isenção

A ampliação da isenção do Imposto de Renda costuma provocar efeitos diferentes na economia, tanto no cenário macroeconômico quanto na vida das pessoas. Do ponto de vista nacional, uma mudança desse tipo altera a relação entre arrecadação e consumo. 

Quando uma faixa maior da população deixa de pagar o tributo, parte da renda que antes seria destinada ao IR permanece no orçamento das famílias, o que tende a fortalecer o mercado interno. Esse movimento pode estimular setores do comércio e de serviços, especialmente aqueles que dependem diretamente da renda mensal dos trabalhadores.

Para o governo, o impacto pode ocorrer na redução da arrecadação federal. Em linhas gerais, isso exige que a política econômica compense essa perda em outras frentes, seja estimulando o crescimento da atividade produtiva, seja ajustando despesas. 

É um equilíbrio que costuma entrar no centro do debate político e fiscal sempre que a tabela do Imposto de Renda passa por mudanças expressivas.

Já para as pessoas comuns, o efeito é percebido de forma imediata. A isenção maior reduz o peso dos tributos sobre o salário e aumenta a capacidade de organizar o próprio orçamento. 

Para quem vive com margem apertada, qualquer valor preservado faz diferença no dia a dia, seja para pagar contas, seja para reforçar algum tipo de reserva financeira. 

Além disso, a revisão da tabela costuma ser vista como um gesto de reconhecimento da defasagem acumulada ao longo dos anos, o que gera expectativa de um sistema tributário mais alinhado ao custo de vida atual.

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Aécio de Paula
Aécio de Paula
Jornalista formado pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e pós-graduado em Direitos Humanos pela mesma instituição. Atua na produção, edição e apuração de conteúdos sobre política, economia, sociedade e cultura, com experiência em redações e portais de notícia.

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