segunda-feira,
1 de dezembro de 2025

INSS: quem é o ex-diretor que a CPMI quer ouvir?

CPMI do INSS tenta ouvir novamente um ex-diretor de pagamentos que faltou duas vezes às sessões. Comissão também cobra documentos e relatórios sobre consignados

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A CPMI do INSS volta a se reunir nesta segunda-feira (1º), às 16h, para tentar ouvir, mais uma vez, o ex-coordenador-geral de Pagamento de Benefícios da autarquia, Jucimar Fonseca da Silva. 

Esta será a terceira tentativa do colegiado, já que o ex-diretor de pagamentos do INSS não compareceu às duas convocações anteriores, justificando as ausências com atestados médicos.

A audiência também inclui o depoimento de Sandro Temer de Oliveira, representante das associações de aposentados e pensionistas AAPPS Universo e APDAP Prev. A presença de Fonseca, porém, é tratada como ponto central pelos integrantes da comissão.

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Por que o ex-diretor do INSS é considerado peça-chave

Quando estava na cúpula do INSS, Fonseca participou do processo que liberou, em lote, descontos associativos em benefícios de segurados. A decisão contrariou, segundo membros da CPMI, um parecer da procuradoria especializada da autarquia. 

A reativação desses convênios acabou beneficiando entidades que hoje são investigadas tanto pela Polícia Federal quanto pela própria comissão.

Pressão por documentos e explicações

O presidente da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), protocolou na última sexta-feira novos requerimentos para ampliar o acesso do colegiado a informações relacionadas ao INSS. 

Entre os pedidos, está a solicitação para que o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Marques de Carvalho, apresente detalhes de notas de auditorias que levaram à suspensão cautelar das averbações de operações de crédito consignado envolvendo Facta Financeira, Cobuccio Sociedade de Crédito Direto S.A., Banco Inter e Paraná Banco S.A.

Segundo o deputado, as ações da CGU resultaram em suspensões cautelares adotadas pelo INSS, o que reforça a necessidade de esclarecimentos.

Gaspar também pediu que o presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, envie à comissão relatórios, notas de auditoria e demais documentos produzidos pela autarquia sobre empréstimos consignados, especialmente aqueles encaminhados pela própria CGU.

O que a CPMI quer saber do INSS

Os integrantes da comissão querem entender:

  • como o INSS respondeu às recomendações feitas pela CGU sobre consignados
  • quais providências foram tomadas para cada apontamento apresentado
  • qual o impacto das suspensões cautelares mencionadas nos documentos oficiais

A expectativa é que a sessão desta segunda-feira avance na coleta dessas informações e, principalmente, consiga ouvir Fonseca pela primeira vez.

A sessão desta segunda-feira é vista como decisiva pelos integrantes da CPMI. Para eles, esclarecer os procedimentos internos do INSS e entender a atuação de seus ex-dirigentes é essencial para avançar nas investigações. A expectativa é que novos documentos e depoimentos ajudem a destravar pontos ainda obscuros do caso.

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Aécio de Paula
Aécio de Paula
Jornalista formado pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e pós-graduado em Direitos Humanos pela mesma instituição. Atua na produção, edição e apuração de conteúdos sobre política, economia, sociedade e cultura, com experiência em redações e portais de notícia.

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