O Imposto de Renda de 2026 trará transformações significativas para milhões de brasileiros, sobretudo para aqueles que atuam como Pessoas Jurídicas (PJ) ou Microempreendedores Individuais (MEI).
Com a nova lei, sancionada nesta semana, será instituída uma faixa de isenção para rendimentos mensais de até R$ 5 mil, e ao mesmo tempo, será criada uma alíquota mínima para contribuintes com alta renda.
Recebem até R$ 5 mil estarão isentos
A atualização do Imposto de Renda, sancionada pelo presidente Lula, oferece uma importante alteração: a isenção para aqueles que ganham até R$ 5 mil por mês.
Essa decisão vem junto com uma revisão na forma como os contribuintes de alta renda são tributados, pela introdução de uma alíquota mínima, promovendo um sistema mais equitativo.
Uma das mudanças mais relevantes no IR 2026 é a ampliação da faixa de isenção. A partir do próximo ano, os que têm rendimento mensal de até R$ 5 mil não pagarão Imposto de Renda.
Anteriormente, a isenção era aplicável apenas a rendimentos de até dois salários mínimos, correspondendo a R$ 3.036,00.
Essa alteração oferece um alívio imediato para trabalhadores empregados, autônomos e MEIs que possuem faturamentos mais modestos.
Além disso, indivíduos com rendimentos entre R$ 5 mil e R$ 7.350,00 terão uma redução no imposto, o que pode representar uma economia significativa no final do ano.
Alíquota mínima de até 10%
Com a nova legislação, os contribuintes que têm uma renda anual superior a R$ 600 mil passarão a ter um percentual mínimo de IR a ser pago, que poderá chegar a 10%, dependendo de sua faixa de rendimento.
Essa taxa não se configura como um aumento extra, mas sim como um piso obrigatório. Na prática, aqueles que já pagam impostos acima desse patamar, como trabalhadores de alta renda com registro em carteira, não terão suas situações alteradas.
Assim, a nova regra de tributação impacta aqueles com rendimentos elevados, incluindo profissionais que operam como Pessoa Jurídica (PJ). Já aqueles que atualmente pagam valores abaixo dessa tributação mínima podem ser afetados.
O objetivo é minimizar a disparidade entre profissionais com rendimentos similares, mas com diferentes cargas tributárias, especialmente no caso de empresas que possuem poucas despesas e repassam uma grande parte dos lucros como isentos.
O Ministério da Fazenda projeta que cerca de 141 mil pessoas terão um aumento no valor do imposto a ser pago devido à nova estrutura de cálculo.
A aplicação da alíquota mínima ocorrerá de maneira gradual, alcançando os 10% apenas para os que recebem acima de R$ 1,2 milhão anualmente.