O governo federal confirmou que o salário mínimo vai subir para R$ 1.621 em 2026, e essa mudança impacta diretamente benefícios sociais ligados ao piso nacional.
Entre eles, um dos mais procurados é o seguro-desemprego, que também terá seus valores ajustados. O reajuste será aplicado em janeiro, mas só aparece no pagamento de fevereiro.
A alteração no piso nacional não atinge apenas trabalhadores ativos. Programas como abono salarial, benefícios do INSS, BPC, seguro-defeso, regras do Cadúnico e valores pagos a quem atua em trabalho intermitente também serão recalculados.
Cada um deles segue regras próprias, mas todos têm como base o novo salário mínimo.
Impactos dos benefícios do INSS
O INSS também ajusta seus pagamentos seguindo a inflação e o novo salário mínimo. Assim, aposentados e pensionistas que recebem o piso terão direito ao valor de R$ 1.621 em 2026.
Para os demais benefícios, o reajuste seguirá o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que acumulou 4,18% nos 12 meses até novembro.
O calendário oficial ainda não foi divulgado, mas deve manter o modelo já utilizado hoje, com pagamentos no fim de cada mês para dois grupos: quem recebe até um salário mínimo e quem ganha acima dele.
Seguro-desemprego: atualização nos valores
Como dito, o seguro-desemprego também será recalculado com base no novo salário mínimo e no INPC.
Trata-se de uma ajuda financeira paga a trabalhadores demitidos sem justa causa, além de pessoas com contrato suspenso para qualificação, pescadores no período do defeso e trabalhadores resgatados de condições semelhantes à escravidão.
Neste ano, o Ministério do Trabalho e Emprego atualizou a tabela anual com as regras de cálculo. Em 2025, os valores ficaram entre R$ 1.528 e R$ 2.424,11.
Com o novo mínimo, o benefício não poderá ser inferior ao valor vigente. Isso significa que, em 2026, se o cálculo resultar em um valor menor que R$ 1.621, o trabalhador receberá exatamente R$ 1.621.
Como foi definido o novo salário mínimo
O piso de R$ 1.621 para 2026 representa um aumento de R$ 103 em relação ao valor atual. O reajuste total de 6,79% considera dois fatores:
- A inflação medida pelo INPC em 12 meses até novembro.
- O crescimento real do PIB de dois anos antes. Neste caso, o PIB de 2024, que avançou 3,4%.
Apesar desse desempenho, o ganho real do salário mínimo está limitado a 2,5% por lei, aprovada no fim do último ano. Assim, o reajuste final combina os 4,4% de inflação acumulada com 2,5% de aumento real, totalizando o percentual aplicado.
Em caso de dúvidas específicas sobre a sua situação, a dica é entrar em contato com o sindicato que representa a sua categoria.