terça-feira,
16 de dezembro de 2025

Master entra no foco da CPI do INSS após chegada de material sigiloso

CPI do INSS começa a analisar material sigiloso envolvendo o Master e Daniel Vorcaro, dono do banco investigado em esquema bilionário

A CPI do INSS começou a receber documentos resultantes da quebra de sigilo bancário e telemático de Daniel Vorcaro, executivo e proprietário do Banco Master. 

O material faz parte das apurações sobre um esquema de fraude bilionária envolvendo a venda de créditos ao Banco de Brasília (BRB).

A autorização para a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telemático foi aprovada pela comissão na semana passada. 

Na ocasião, o relator da CPI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), destacou que Vorcaro deverá prestar esclarecimentos sobre operações do Master relacionadas ao crédito consignado destinado a aposentados e pensionistas.

Avanço da CPI e possíveis novos desdobramentos

Com a chegada desse conjunto de informações, os parlamentares passam a analisar dados que podem ampliar o alcance das investigações. 

Dependendo do conteúdo, a CPI do INSS pode abrir uma nova frente de tensão envolvendo o Banco Master, especialmente em relação às conexões políticas e jurídicas atribuídas a Vorcaro em Brasília.

Esse movimento ocorre em um momento delicado da apuração. Recentemente, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a paralisação do andamento das investigações que tramitavam na Justiça Federal, o que elevou a expectativa em torno do trabalho da comissão parlamentar.

Mensagens estão sob análise no Congresso

De acordo com apuração da coluna, mensagens atribuídas a Daniel Vorcaro no aplicativo WhatsApp já estão sendo examinadas por integrantes do Congresso Nacional. 

Todo o conteúdo permanece sob sigilo, com acesso restrito apenas aos membros da CPI do INSS, enquanto a análise segue em andamento.

Descontos indevidos do INSS

Casos de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS costumam gerar dúvidas e insegurança entre beneficiários. O primeiro passo é acompanhar com atenção o extrato de pagamento, disponível no aplicativo ou site Meu INSS. 

Nele, é possível verificar todos os valores descontados mensalmente e identificar cobranças que não foram autorizadas.

Ao perceber qualquer desconto suspeito, o aposentado ou pensionista deve registrar a reclamação imediatamente. Isso pode ser feito pelo próprio Meu INSS, pelo telefone 135 ou presencialmente em uma agência, mediante agendamento. 

É importante guardar protocolos, comprovantes e prints do extrato, pois esses documentos ajudam a formalizar a contestação.

Outra medida recomendada é solicitar o bloqueio de novos descontos, especialmente relacionados a empréstimos consignados ou associações. O bloqueio preventivo pode evitar prejuízos futuros enquanto a situação é analisada pelo órgão.

Caso o problema não seja resolvido administrativamente, o beneficiário pode buscar apoio de órgãos de defesa do consumidor ou da Defensoria Pública. 

Em alguns casos, também é possível recorrer à Justiça para pedir a suspensão das cobranças e a devolução dos valores descontados de forma indevida.

Manter acompanhamento frequente do benefício e agir rapidamente diante de qualquer irregularidade é fundamental para proteger a renda e evitar prejuízos prolongados.

Compartilhe:

Aécio de Paula
Aécio de Paula
Jornalista formado pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e pós-graduado em Direitos Humanos pela mesma instituição. Atua na produção, edição e apuração de conteúdos sobre política, economia, sociedade e cultura, com experiência em redações e portais de notícia.

Notícias relacionadas

Mais lidas da semana

App O Trabalhador