segunda-feira,
29 de dezembro de 2025

Adicional de 25% no INSS: benefício poderá superar R$ 2 mil em 2026

Reajuste do salário mínimo impulsiona valor pago a aposentados que dependem de assistência de terceiros. Veja como solicitar.

A política de valorização do salário mínimo, prevista para os próximos anos, trará um impacto direto e significativo na rede de proteção social do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 

Em 2026, uma parcela específica de segurados — os aposentados por incapacidade permanente que necessitam de auxílio de terceiros — poderá ver o valor de seu benefício ultrapassar a marca dos R$ 2 mil, mesmo que a base de sua contribuição tenha sido o piso nacional.

Atualmente, cerca de dois terços dos beneficiários da Previdência Social recebem o equivalente a um salário mínimo. Para esse grupo, o adicional de 25%, previsto no Artigo 45 da Lei 8.213/91, funciona como um suporte financeiro indispensável para custear cuidados básicos e assistência cotidiana.

O cálculo do impacto para 2026

Com a projeção do salário mínimo para R$ 1.621 em 2026, o cálculo do adicional torna-se matemático e direto. O acréscimo de 25% sobre o piso representa um aporte de R$ 405,25. Consequentemente, o valor final depositado na conta do segurado atingirá R$ 2.026,25.

Este aumento é particularmente relevante por ser um percentual fixo. Diferente de outros reajustes que podem variar conforme a faixa salarial, os 25% incidem sobre o valor total do benefício de quem comprova a dependência de cuidadores ou familiares para atividades básicas, como higiene, alimentação e locomoção.

Critérios de elegibilidade e condições médicas

O direito ao adicional não é automático para todos os aposentados por invalidez. A legislação brasileira restringe o bônus a quadros clínicos específicos que comprometam a autonomia do indivíduo. 

Entre as condições listadas pelo INSS, destacam-se:

  • Comprometimentos físicos graves: Cegueira total, paralisia de membros (braços ou pernas) e perda de nove ou mais dedos das mãos.
  • Limitações de locomoção: Perda dos membros inferiores quando a prótese é inviável.
  • Condições neurológicas e mentais: Alteração das faculdades mentais com grave perturbação da vida social e doenças que mantenham o paciente permanentemente acamado.

Como fazer a solicitação

O processo para obter o acréscimo ocorre de forma digital, mas exige rigor documental. O segurado deve acessar a plataforma Meu INSS e buscar pelo serviço “Acréscimo de 25%”.

A etapa mais crítica do processo é a perícia médica. No dia agendado, o solicitante deve apresentar laudos, exames e relatórios médicos atualizados que comprovem não apenas a doença, mas a necessidade de assistência contínua.

Documentação necessária:

  • Documento de identidade oficial com foto (RG, CNH ou CIN).
  • CPF do titular e, se houver, do representante legal.
  • Laudos médicos originais detalhando a incapacidade e a necessidade de auxílio.

Importância do planejamento

Embora o aumento nominal ofereça um fôlego financeiro, especialistas alertam que o valor ainda é modesto frente aos custos de cuidados especializados. 

Por isso, a manutenção dos dados atualizados no Cadastro Único e o acompanhamento regular das perícias são essenciais para evitar suspensões indevidas do benefício.

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Ana Lima
Ana Lima
Ana Lima é formada em Comunicação Social pela Universidade Estácio de Sá e já atua na profissão há mais de 30 anos. Já foi repórter, diagramadora e editora em jornais do interior e agora atua na mídia digital. Possui diversos cursos na área de jornalismo e já atuou na Câmara Municipal de Teresópolis como assessora de imprensa.

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