Novo Bolsa Família deverá ser menor do que atual Auxílio Emergencial
O presidente Bolsonaro falou que deve haver o benefício de um novo Bolsa Família, deve ser menor que o auxílio emergencial. O intuito do governo é fortalecer os laços com as regiões mais pobres do Brasil e, consequentemente, melhorar a reputação de seu governo.
Além de informar que deveria haver o surgimento de um novo benefício social, argumentou que devem aumentar o valor do BF. Ou seja, a atual média que está em R$ 192 deve ir para a faixa de R$ 250. Bolsonaro acrescentou saber que o valor ainda é pequeno, mas que é o que pode fazer pelo Brasil no atual momento de crise.
Bolsonaro contra auxílio emergencial e Bolsa Família
O presidente já se mostrou contra os benefícios sociais inúmeras vezes e disse que não deveriam ser vistos como aposentadorias.
Estudos comprovam que foi devido ao auxílio que o PIB brasileiro não caiu em mais de 8% e que o comércio continuou funcionando: os beneficiários compravam de MEIs que conseguiram manter a empresa aberta e mantinham o dinheiro em circulação.
Com o fim do benefício emergencial em dezembro, mais de 27 milhões de pessoas estavam ainda desempregadas e sem nenhuma fonte de renda em fevereiro. Em março, mais de um milhão de cidadãos passaram a dever para o Serasa e tiveram o nome negativado. Os impactos econômicos foram intensos.
O governo também fornece o benefício para aqueles que trabalham como MEI. O DAS, que é um boleto que paga o imposto do CNPJ mais o INSS do contribuinte e empresário, teve as datas de vencimento mudadas para meses futuros para que os empresários que não conseguissem pagar, não tivessem que enfrentar as multas.
Para que fosse aprovado a nova leva em 2021, tiveram que assinar a PEC Emergencial que previa o corte de 25% do salário dos servidores juntamente com a suspensão dos concursos públicos.
O programa deve ter um valor menor que o auxílio emergencial que, atualmente, está beneficiando mais de 45 milhões de pessoas. Dessa forma, deve-se dizer que o novo programa deve ser menor que o auxílio, mas maior que o Bolsa.
Aumento do auxílio emergencial
O deputado André deseja que haja uma nova prorrogação do benefício que, inicialmente, deveria durar 04 meses. De acordo com ele, deve haver um aumento para cerca de R$ 500 mensais até o fim do ano. No entanto, há pouca possibilidade que isso realmente aconteça visto que o governo acusa não ter verbas.
Até mesmo a prorrogação da data de declaração do imposto de renda não pôde ser prorrogada visto que não teriam verbas e impostos para pagar os benefícios sociais, como é o caso do Bolsa Família e do auxílio. Bolsonaro e Paulo Guedes, ministro da Economia, afirmaram que adiar aos prazos seria ir contra os interesses do governo e da sociedade.
O dólar mostra leve queda, refletindo o otimismo econômico no país mas que ainda anda a passos lentos. Com a reunião do COPOM, saiu da faixa de R$ 5,65 para menos de R$ 5,22. A taxa Selic aumentou e isso deve controlar a inflação fazendo com que o real seja valorizado: em fevereiro e março estava em 2% e em maio foi para 3,5%. Dessa forma, os rendimentos da renda fixa devem ter juros mais altos.
Os bancos, tendo em vista a crise, fizeram novas modalidades de financiamento e empréstimo em que cobram menos juros para os microempresários. Esse é um bom momento para tentar fazer com que o negócio cresça cada vez mais, mesmo durante a crise. Santa Catarina já registrou um aumento das aberturas de empresas.
Além do Bolsa Família, governo deseja investir em saúde
O governo também pretende passar a investir em saúde, além do Bolsa Família. Já são mais de 426 mil mortes pela Covid-19 e menos de 8% da população completamente vacinada.
O governo Bolsonaro está sendo investigado pela CPI por cometer omissões durante a pandemia e não enviar as verbas necessárias. Mandetta, ex-ministro da Saúde, argumenta que foi pressionado a alterar a bula da cloroquina para que pudesse ser usada como tratamento precoce. Teich, também ex-ministro da Saúde, disse que sequer tinha autoridade no governo.
Queiroga, que ocupa a pasta atualmente, afirmou durante seu depoimento na CPI que sempre valorizou a saúde e o SUS, que faltou mais união, mas que trabalharam duro para que conseguissem comprar as vacinas e realizar negociações. O ministro deve ser chamado novamente para depor a fim de encontrar contradições no discurso.
O presidente Bolsonaro posta constantemente o número de vacinas que chegaram ao país e a ajuda das Forças Armadas. De acordo com ele, o Brasil está investindo de forma massiva na vacinação para que haja uma nova retomada econômica.
Pazuello foi o único ministro que ainda não foi interrogado por argumentar que estava com Covid-19. Dias antes, foi visto passeando no shopping sem máscara. Randolfe, senador responsável por investigar a CPI, argumenta que isso é uma tentativa de se esquivar e que Pazuello entrou com um habeas corpus para não ter que depor visto que estaria criando provas contra si mesmo.