Governo confirma mudanças no consignado do Auxílio

Por meio de uma portaria, Governo decidiu manter consignado do Auxílio Brasil, mas aplicou uma série de alterações no sistema de liberação do crédito

O consignado do Auxílio Brasil não será extinto durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por meio de uma portaria publicada nesta quinta-feira (9), o Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome confirmou a continuidade do sistema.

Entretanto, uma série de mudanças deverão ser aplicadas daqui para frente. Membros do Governo decidiram alterar normas como a taxa máxima de juros, o prazo para o pagamento e até mesmo a margem consignável. As alterações também estão previstas nesta portaria publicada hoje.

As mudanças no consignado

Segundo este documento, a taxa máxima do consignado passa de 3,5% para 2,5% a partir de agora. Os bancos que estão homologados para a operação desta linha podem escolher qualquer taxa desde que não ultrapassem este teto definido pelo Ministério do Desenvolvimento Social.

A pasta também decidiu alterar o prazo para os pagamentos. Com Bolsonaro no ano passado, os usuários que solicitaram o consignado podiam quitar a dívida em até 24 meses, ou seja, dois anos. Com Lula, a nova versão do consignado deverá permitir a divisão em até seis meses, no máximo, o que pode implicar em empréstimos menores.

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Além disso, o novo Governo também optou por reduzir a chamada margem consignável. Trata-se da taxa máxima de descontos das parcelas do programa social. Com Lula, esta taxa vai cair de 40% para apenas 5%. Assim, os usuários poderão ter descontos de no máximo 5% por mês no seu benefício.

E quem já solicitou?

Nenhuma destas regras têm impacto nos contratos que já foram fechados antes da publicação desta portaria. Assim, quem já solicitou o consignado seguirá com as normas antigas, isto é, taxa de juros de 3,5% no máximo e prazo de dois anos para pagar.

O Governo até ventilou a possibilidade de dar uma anistia para as pessoas que solicitaram o consignado. Contudo, o que se sabe até aqui é que esta ideia já foi deixada de lado pelo alto escalão do Palácio do Planalto.

Dívidas

Há um certo temor sobre o que vai acontecer com as pessoas que criaram dívidas no consignado nos últimos meses. Segundo o Ministro do Desenvolvimento Social, mais de R$ 8 bilhões em dívidas já foram acumulados desde o início das liberações.

Em entrevistas recentes, Dias disse que estes cidadãos poderiam entrar no sistema do programa Desenrola. Trata-se de um projeto do Governo que pretende ajudar as pessoas que possuem dívidas. O lançamento da proposta deve acontecer depois do carnaval, ainda em fevereiro.

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