Bolsa Família: o que acontece com os excluídos que estão no consignado

Dados divulgados pelo portal Uol mostram que mais de 104 mil famílias que estão dentro do consignado foram excluídos do Bolsa Família. Veja
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O Governo Federal está seguindo neste primeiro semestre com o pente-fino nas contas do Cadúnico. As pessoas que, em tese, não atendem a todos os critérios de seleção, podem ser excluídas do Bolsa Família. Dados oficiais apontam mais de 1,4 milhão delas já deixaram de receber o saldo do programa.

Deste grupo de excluídos, estima-se que cerca de 104 mil famílias estejam dentro do sistema do consignado. Trata-se do crédito que poderia ser solicitado desde o ano passado. Quem recebeu, passou a ter que pagar a dívida na forma de descontos mensais até quitar o montante por completo.

Neste sentido, uma dúvida fica no ar: o que acontece com as pessoas que solicitaram o consignado e antes de concluir os pagamentos foram excluídas do programa social? Segundo informações da Caixa Econômica Federal, o contrato não deixa de existir, e o cidadão precisa seguir pagando a quantia.

Como não há mais nenhum pagamento mensal do programa sendo feito, o cidadão que solicitou o consignado vai passar a ter que pagar o saldo com o dinheiro do próprio bolso. Neste sentido, há uma preocupação com a situação destas famílias.

Renda per capita

Segundo informações do Governo Federal, nesta primeira leva de exclusões saíram famílias que estavam com indicações de recebimento de altos salários, ou seja, são pessoas que não podiam estar recebendo o dinheiro do Bolsa Família. Desta forma, se entende que estes cidadãos terão condições financeiras de quitar o consignado.

O problema é o que vai acontecer daqui para frente. O Governo Federal vem afirmando que vai realizar novos cortes. Desta vez o foco não está nos que ganham rendas altas, mas naqueles que se cadastraram no Cadúnico como monoparentais. Em caso de exclusão, este grupo poderá ter mais dificuldades de pagar a dívida.

Perdão da dívida do consignado

Durante algum tempo, membros do novo Governo Federal chegaram a cogitar publicamente a possibilidade de perdoar as dívidas dos usuários do Bolsa Família. Contudo, esta possibilidade não está mais nos planos.

“O banco não tem como fazer isso (perdoar as dívidas), mas eu acredito que há possibilidade de tentar negociar com o Governo inclusive formatos para baixar os juros”, afirmou a presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano.

Esta declaração foi dada no último dia 12 de janeiro. De lá até aqui, o Governo Federal, de fato, reduziu a taxa de juros do consignado do Bolsa Família. De todo modo, a Caixa se retirou da linha mantendo apenas os contratos que já tinham sido firmados.

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