Bolsa Familia tem efeito duradouro, confira sobre o Programa
A pesquisa financiada pelo Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social examinou dados de beneficiários do Bolsa Família de 7 a 16 anosAinda no início do governo Lula, o Bolsa Família foi criado e teve um efeito duradouro, de acordo com um estudo publicado na revista World Development Perspectives.
A pesquisa contrasta com a narrativa frequentemente promovida pela extrema direita, mostrando que o programa não apenas ajuda a aliviar a pobreza, mas também promove a mobilidade social e diminui a dependência do assistencialismo.
A pesquisa financiada pelo Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social examinou dados de beneficiários do Bolsa Família de 7 a 16 anos em 2005 até a idade adulta em 2019.
Os resultados são incríveis: em 2019, 64 por cento dos beneficiários deixaram de depender de programas sociais do governo federal. Além disso, 45% estiveram em um emprego formal pelo menos uma vez durante o período de 2015 e 2019.
Os exbeneficiários estão mais envolvidos no mercado de trabalho formal, o que já representa um avanço significativo em relação às suas condições na infância e juventude.
Isso é verdade mesmo que eles trabalhem em trabalhos de menor qualidade e remuneração do que a média dos não-beneficiários. Os pesquisadores do estudo afirmam que descobriram uma forte correlação entre a emancipação de programas sociais e a participação no mercado de trabalho.
“Mostramos uma alta correlação entre a emancipação de programas sociais e a participação no mercado de trabalho”. O aumento da participação no mercado de trabalho formal pode aumentar as contribuições fiscais aumentando a massa salarial e ajudando a equilibrar o orçamento do governo.
Diferenças de gênero e regional
Os resultados mostram que as características individuais e regionais do Brasil apresentam variações significativas. Os níveis mais altos de mobilidade são observados em indivíduos brancos, mais velhos e masculinos.
As áreas mais ricas do Brasil, particularmente o sul, demonstraram quase o dobro de mobilidade em comparação com as áreas menos favorecidas do Norte. Isso sugere políticas que promovam a integração regional e o crescimento justo.
A crença de que programas como o Bolsa Família “dão peixe, mas não ensinam a pescar” é desconstruída neste estudo.