“Brasil não pode viver para sempre de Bolsa Família”, diz Lula em evento
Em novo evento, Lula voltou a defender o Bolsa Família, mas disse que Brasil não pode usar benefício para sempreEm visita à fábrica da Nissan, em Resende (RJ), no início desta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a falar sobre o futuro que deseja para o Brasil.
Para ele, o país precisa romper com o ciclo da pobreza e não pode continuar dependendo eternamente de programas sociais como o Bolsa Família.
“Voltei à Presidência da República para provar que esse país não pode ser um país eternamente pobre, eternamente vivendo de Bolsa Família”, afirmou Lula, diante de trabalhadores da montadora.
O Bolsa Família é o maior programa de transferência de renda do país. Atualmente, o benefício atende pouco mais de 20 milhões de pessoas de acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento Social.
Em média, cada uma dessas famílias recebe algo em torno de R$ 680. Mas existem casos em que o patamar pode cair para pouco mais de R$ 300, caso o Ministério constate que houve um aumento de renda per capita para além do permitido.
Além do Bolsa Família
Educação
Durante o discurso, o presidente reforçou a necessidade de investir em educação, especialmente para a população de baixa renda.
Segundo ele, a lógica seria simples: mais acesso ao ensino geraria melhores empregos, e isso reduziria a dependência de auxílios governamentais.
No evento, ele defendeu que educação é o caminho para um Brasil mais justo e autônomo. Ele citou como pontos chave os seguintes itens:
- Apoio à formação de base e técnica
- Mais oportunidades para jovens pobres entrarem na universidade
- Combate ao ciclo da pobreza estrutural
Para além do Bolsa Família, o presidente voltou a falar no evento sobre o futuro do salário mínimo. Entre outros pontos, ele defendeu que o piso salarial não pode ser visto como luxo.
Atualmente fixado em R$ 1.518, o valor passou por reajuste de 7,5% este ano, e a previsão do governo é que chegue a R$ 1.630 em 2026.
“Tem quem, na hora de pagar um salário mínimo, ache que é muito. R$ 1 mil não é alto. Nem R$ 1,5 mil!”, disparou o presidente.
Crescimento econômico
Lula também fez questão de falar sobre os índices de desenvolvimento econômico que seu governo vem apresentando, como a queda no desemprego e a retomada do crescimento em dois anos consecutivos.
Para ele, os números positivos não são obra do acaso.
“O que está acontecendo no Brasil não é sorte. Quisera Deus que esse país só tivesse presidente que tem sorte”, ironizou.
Vale frisar que apesar dos indicadores otimistas, o governo enfrenta uma pedra no sapato: a inflação, principalmente no setor de alimentos. Este é um ponto que continua afetando o bolso da população e gerando críticas à gestão.