Cadúnico: veja o que Lula deve mudar na seleção do Auxílio

Novo governo pretende criar um novo formato de seleção para o Auxílio Brasil, mas Cadúnico ainda seguirá sendo a base utilizada pelo Ministério

Com a entrada de Lula no novo governo, uma série de mudanças estão sendo preparadas para uma série de áreas, entre elas está o Auxílio Brasil. A partir deste mês de janeiro, o programa passa a se chamar Bolsa Família e deverá passar por algumas mudanças em seu formato de seleção e de definição de valores.

Até o final do ano passado, o governo Bolsonaro estabelecia que todos os mais de 21 milhões de usuários do programa social deveriam receber um patamar mínimo de R$ 600 por família. Este valor independia de fatores como quantidade de integrantes que moravam em uma mesma casa. Todos recebiam basicamente este mesmo patamar.

Para este ano, o governo Lula já confirmou o pagamento de um adicional de R$ 150 por filhos menores de seis anos de idade. Com este dispositivo, a ideia é fazer com que famílias mais numerosas recebam mais do que aquelas que contam com menos integrantes. Contudo, existe a avaliação de que este movimento não será suficiente.

Existem famílias que não possuem crianças menores de seis anos de idade, mas que mesmo assim contam com um alto número de integrantes vivendo sob um mesmo teto. Há casos, por exemplo, de pessoas que residem com crianças entre 6 e 12 anos. Pela lógica, elas não poderiam pegar o adicional de R$ 150.

Diante disso, o novo governo está analisando a possibilidade de definir o valor do recebimento do programa Bolsa Família também a partir do número de integrantes que residem em uma mesma casa. Assim, famílias maiores poderiam receber mais, ao mesmo passo em que famílias menores poderiam receber menos.

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Mudanças no Auxílio Brasil

O jornal Folha de São Paulo teve acesso ao documento final da equipe de transição na área do Desenvolvimento Social e Combate à Fome do governo Lula. Entre outros pontos, este grupo de trabalho indica que seria necessário realizar esta mudança na seleção o quanto antes.

“A iniquidade do desenho do piso do Auxílio Brasil ficou clara. É um programa que acaba por pagar R$ 600,00 tanto à pessoa que mora só quanto a uma mãe solo com três filhos”, diz um trecho do documento.

“Em novembro de 2022, enquanto 5,5 milhões de pessoas que declararam morar sozinhas receberam R$ 600,00 mensais só para si, 19,8 milhões de pessoas receberam o equivalente a R$ 150 ou menos.”

Vale lembrar que estas propostas ainda estão no campo das recomendações. O novo Ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias indicou que vai avaliar estas propostas e tomar uma decisão já no início do novo governo Lula.

Até que uma decisão seja tomada oficialmente, seguem valendo as regras originais do Auxílio Brasil. A partir de janeiro, todos os usuários receberão um patamar mínimo de R$ 600 por família, que poderá ser acrescido com mais R$ 150 por filhos menores de seis anos de idade.

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