Para muitos brasileiros, o 13º salário é o grande respiro financeiro do fim do ano. Seja para organizar as contas, planejar gastos ou garantir um alívio no orçamento, a primeira parcela costuma trazer expectativas, e números importantes que o trabalhador precisa entender.
Em 2025, o cálculo segue regras claras. A boa notícia é que a primeira parte do benefício é paga sem descontos, o que faz o valor cair maior na conta.
Como é calculada a primeira parcela do 13º salário
A primeira parcela do 13º salário corresponde a 50% do valor bruto do benefício. Nessa etapa não entram descontos como INSS ou Imposto de Renda, o que garante um valor mais alto.
Para quem trabalhou os 12 meses do ano:
- Valor bruto do 13º = salário bruto mensal
- Primeira parcela = salário bruto / 2
Para quem trabalhou menos de 12 meses:
- Calcula-se o valor proporcional: (salário bruto ÷ 12) x número de meses trabalhados
- Em seguida, divide por 2 para chegar à primeira parcela.
Regra importante: só entra no cálculo o mês em que o trabalhador tenha atuado 15 dias ou mais.
E quando há comissões, extras ou adicionais?
Quem recebe valores variáveis, como:
- horas extras
- comissões
- adicionais
tem o 13º calculado pela média da remuneração. Na prática, a primeira parcela representa 50% da remuneração do mês anterior ao pagamento, que normalmente ocorre em outubro.
Quando os descontos aparecem?
Os cortes de INSS e Imposto de Renda só são aplicados na segunda parcela, por isso a primeira metade costuma ser mais vantajosa no bolso.
Quem tem direito ao 13º salário
Têm direito ao benefício:
- Trabalhadores com carteira assinada (CLT) — urbanos, rurais, domésticos e avulsos
- Aposentados e pensionistas do INSS
- Servidores públicos (federais, estaduais e municipais, conforme legislação específica)
Observação: em caso de demissão sem justa causa, pedido de demissão ou fim de contrato, o trabalhador também recebe o valor proporcional.
Quem fica de fora?
De acordo com informações do Ministério do Trabalho, não recebem o 13º:
- Demitidos por justa causa
- Estagiários
- Beneficiários do BPC/LOAS
- Autônomos sem vínculo CLT
Como usar o 13º a seu favor?
O benefício pode ajudar no planejamento financeiro. Entre as prioridades sugeridas estão:
- Quitar dívidas, especialmente as de juros altos
- Preparar o orçamento do início do ano (IPTU, IPVA, escola)
- Formar reserva de emergência
- Investir em metas futuras
- Consumir com responsabilidade, evitando exageros
O que não fazer com o 13º salário
Apesar de ser tentador gastar tudo de imediato, o 13º salário não deve ser usado de forma impulsiva. Evite comprometer o valor com compras desnecessárias, festas caras ou presentes acima do seu orçamento.
Outra armadilha comum é assumir novas dívidas contando com o pagamento da segunda parcela. Esse tipo de decisão pode criar um problema ainda maior no ano seguinte. Também é recomendado não usar o benefício para despesas que poderiam ser feitas de forma planejada, já que o objetivo principal é aliviar o orçamento e não aumentar os gastos.