A antecipação do 13º é, na prática, um empréstimo bancário que permite ao trabalhador receber parte do valor antes da data oficial. O pedido pode ser feito até o fim de janeiro, e a primeira parcela costuma vir junto com as férias.
No entanto, o adiantamento vem com juros e deve ser quitado assim que o 13º for depositado.
Podem solicitar a antecipação aposentados, pensionistas do INSS e trabalhadores com carteira assinada, sejam eles do setor público ou privado. Cada banco define suas próprias regras e condições.
De acordo com Ahmed El Khatib, da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), o ideal é analisar o tipo de dívida antes de decidir:
Se você tem dívidas com juros altos — como cartão de crédito, cheque especial ou empréstimo consignado — o mais inteligente é usar o 13º para reduzir ou quitar o que deve.
Já quem não tem pendências pode direcionar o valor para formar uma reserva de emergência, planejar as férias ou aproveitar descontos à vista nas compras de fim de ano.
Em resumo, quem está endividado deve priorizar a quitação. Para quem está com as contas em dia, o 13º pode ser uma chance de planejar e poupar.
Quando cai a primeira parcela do 13º salário?
Os trabalhadores com carteira assinada (CLT) têm direito a receber a primeira parcela até 30 de novembro. A segunda parcela deve ser paga até 20 de dezembro. Ambas são obrigatórias por lei.
Também têm direito ao benefício aposentados e pensionistas da Previdência Social, que já receberam a primeira parte em abril deste ano. Trabalhadores autônomos e informais não têm direito ao pagamento.
O cálculo é simples: divide-se o salário bruto por 12 e multiplica-se pelo número de meses trabalhados. Por exemplo, quem ganha R$ 3.000 e trabalhou o ano inteiro receberá R$ 3.000. Quem trabalhou seis meses, R$ 1.500.
Vale lembrar que a primeira parcela é livre de descontos, enquanto a segunda sofre retenção de INSS e Imposto de Renda, dependendo da faixa salarial.
Reforma do IR aumenta o valor do 13º para quem ganha até R$ 7.350
A reforma do Imposto de Renda aprovada pelo Congresso promete reforçar o bolso de muitos brasileiros.
A nova faixa de isenção, que passa a ser de R$ 5.000 por mês, elimina o desconto do IR sobre o 13º para quem recebe até esse valor e reduz parcialmente o imposto para rendas de até R$ 7.350.
Na prática, quem ganha entre R$ 3.036,01 e R$ 5.000 terá o 13º salário integral, sem descontos. O projeto ainda depende da sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e deve entrar em vigor em 2026.