O número de trabalhadores que não precisam pagar Imposto de Renda pode dobrar no ano de 2026, se o Congresso aprovar um aumento na faixa de isenção para quem ganha até R$ 5 mil. Essa mudança faz parte de uma “reforma da renda” que o governo pretende implementar já no próximo ano.
Atualmente, cerca de 10 milhões de trabalhadores estão isentos, mas com a nova faixa, mais 10 milhões podem ser beneficiados com a nova margem de renda.
A mudança deve ajudar trabalhadores de baixa renda e parte da classe média, e também pode beneficiar quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7,5 mil, pois as alíquotas para esses salários serão reduzidas de forma considerável.
Estudos e especialistas no assunto
Estudos indicam que, se a tabela fosse ajustada pela inflação, a faixa de isenção poderia atingir rendimentos de até R$ 5.084,04, beneficiando mais de 30 milhões de pessoas e injetando R$ 50 bilhões na economia.
Por outro lado, o economista João Leme alerta que o aumento do consumo pode causar pressão inflacionária. Ele também menciona que a medida pode ter um impacto fiscal significativo, entre R$ 35 e R$ 45 bilhões. Para compensar, o governo planeja aumentar a tributação sobre rendas superiores a R$ 50 mil.
Saiba mais sobre essa reforma
A reforma visa tornar o sistema tributário mais justo e reduzir desigualdades financeiras atuais. Especialistas afirmam que é importante ajustar as alíquotas para quem ganha mais. Dados mostram que 70% das pessoas que recebem até R$ 5 mil são assalariadas, enquanto quase metade dos que ganham acima de R$ 50 mil são empresários.
A proposta tem potencial para movimentar a economia e reduzir impostos para muitos brasileiros, mas desafios como a inflação e o impacto nas finanças públicas precisam ser considerados. A reforma da renda deve redefinir a política tributária do país, focando na redistribuição de renda e no aumento do consumo interno.
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