A valorização da educação voltou ao centro das discussões no Brasil com uma nova medida que promete mudar a realidade de milhares de profissionais da rede pública. Um projeto recentemente aprovado vai garantir salários mais altos para professores, especialmente aqueles com maior nível de formação acadêmica.
Entre eles, estão os docentes com doutorado, que passarão a receber um valor mínimo expressivo, tornando-se um dos maiores pisos do país para a categoria.
O reajuste salarial representa mais do que um aumento de vencimentos, ele simboliza um reconhecimento do papel fundamental que os educadores desempenham na formação de novas gerações. Além disso, a medida busca corrigir distorções antigas e reforçar a importância da qualificação profissional no ensino.
A decisão também se estende a outras funções de apoio à educação, atingindo diretamente milhares de servidores e aposentados que fazem parte da estrutura do sistema educacional.
Reajuste histórico
O novo projeto de lei, aprovado pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo, estabelece um reajuste de 8% para professores e agentes de suporte educacional da rede estadual.
Com essa atualização, os salários dos docentes com doutorado poderão chegar a R$ 8,9 mil, um valor que consolida o Estado entre os que mais investem na remuneração de seus profissionais da educação.
A proposta, enviada pelo governo estadual, tem efeito retroativo a 1º de setembro de 2025 e beneficiará aproximadamente 18 mil servidores em atividade, além de outros 10 mil aposentados e pensionistas.
O impacto financeiro do aumento será de R$ 32 milhões ainda neste ano, demonstrando o comprometimento da administração pública com a valorização do magistério.
Os novos valores variam conforme o nível de formação e o tempo de serviço dos educadores:
- Professores com formação inicial passam a receber R$ 2.730,33;
- Docentes com doutorado atingem R$ 8.962,33, ultrapassando a marca dos R$ 8,2 mil mencionada no projeto;
- Agentes de suporte educacional, responsáveis por funções administrativas e de apoio nas escolas, terão salários reajustados de R$ 2.780,88 para R$ 3.003,35.
O impacto mensal do reajuste será de cerca de R$ 344 mil, o que resultará em mais de R$ 4 milhões por ano a partir de 2026. Parte desse valor também será destinada ao plano previdenciário, garantindo que aposentados e pensionistas recebam os novos montantes de forma proporcional.
A aprovação do projeto é vista como uma resposta à antiga reivindicação da categoria por melhores condições de trabalho e salários mais justos. O governo estadual reforçou que a medida busca não apenas corrigir defasagens, mas também incentivar a formação continuada, premiando os educadores que buscam especialização e qualificações mais altas.
Nos últimos anos, o investimento em educação no Espírito Santo tem sido uma das prioridades da gestão, com foco em melhorar os índices de aprendizado e as condições estruturais das escolas. A valorização salarial complementa esse processo, pois contribui para atrair novos talentos e manter profissionais experientes na rede pública.
