O valor do salário mínimo para 2026 está em fase final de definição e, segundo as projeções mais recentes do Governo Federal, o reajuste deve ser ligeiramente menor do que o inicialmente previsto.
A desaceleração da inflação nos últimos meses é o principal fator por trás dessa revisão, um alívio para o consumidor, mas que impacta diretamente o cálculo do piso nacional.
A definição exata do novo valor, que entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2026, depende da divulgação oficial do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado até novembro.
Este índice, medido pelo IBGE, é fundamental para a política de valorização, e tem sua última parcela essencial prevista para ser revelada na próxima quarta-feira (10).
Estimativa de R$ 1.627 confirma desaceleração
O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) enviado ao Congresso Nacional previa inicialmente que o salário mínimo alcançaria R$ 1.631 em 2026. No entanto, o Ministério do Planejamento e Orçamento já revisou essa estimativa para R$ 1.627.
O reajuste do salário mínimo segue a política de valorização que combina dois elementos:
- Reposição da Inflação: Utilizando o INPC acumulado nos 12 meses anteriores (até novembro).
- Ganho Real: Adicionando o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes (neste caso, o PIB de 2024).
Como a inflação medida pelo INPC tem se mantido controlada, a reposição da perda do poder de compra tende a ser menor. A previsão de R$ 1.627 representa um aumento de cerca de 7,18% em relação ao valor atual de R$ 1.518, percentual que se aproxima das projeções mais recentes do INPC acumulado.
Impacto para trabalhadores e a economia
Apesar da leve redução na projeção, o novo valor mantém a garantia de ganho real para os trabalhadores que recebem o piso nacional, contribuindo para o aumento do poder de compra e injetando recursos na economia.
Além disso, a correção do salário mínimo tem impacto direto em:
- Benefícios do INSS: O piso e o teto previdenciário, bem como benefícios como aposentadorias, pensões e o BPC/LOAS (Benefício de Prestação Continuada) atrelados ao mínimo, serão reajustados para o novo valor.
- Microempreendedores Individuais (MEI): O valor da contribuição mensal (DAS) do MEI, calculada com base em 5% do salário mínimo, também será reajustado.
A oficialização do novo patamar em R$ 1.627 ou um valor muito próximo a ele depende agora apenas da confirmação dos dados finais da inflação que serão divulgados pelo IBGE.