quinta-feira,
25 de dezembro de 2025

Salário mínimo de 2026 muda valor do consignado BPC

Salário mínimo de 2026 reajusta o valor do BPC/LOAS, aumenta a margem consignável e amplia o crédito disponível para beneficiários

O reajuste do salário mínimo previsto para 2026 já começa a provocar impactos diretos na renda de quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS). Com o novo valor nacional, o benefício passa a ser reajustado automaticamente, alterando também o limite para empréstimos consignados.

A mudança amplia a margem consignável disponível para contratação de crédito, o que pode representar mais fôlego financeiro para beneficiários que enfrentam despesas fixas elevadas ou desejam reorganizar dívidas. O aumento desperta dúvidas sobre valores, prazos e quando as novas regras começam a valer.

O salário mínimo influencia diretamente o BPC/LOAS porque o benefício é atrelado ao piso nacional. Sempre que o mínimo é reajustado, o valor pago aos beneficiários também sobe, refletindo imediatamente nos cálculos do consignado.

Reajuste do salário mínimo eleva valor do BPC em 2026

O Benefício de Prestação Continuada, garantido pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), tem como base o salário mínimo vigente. Com o reajuste anunciado para 2026, o valor do benefício passa a ser de R$ 1.621,00.

Esse aumento gera uma melhora no poder de compra dos beneficiários, embora muitos ainda enfrentem alta nos custos com alimentação e medicamentos. Mesmo assim, a atualização do salário mínimo traz reflexos positivos no acesso ao crédito consignado.

Além do valor mensal maior, a mudança interfere diretamente no percentual que pode ser comprometido com empréstimos, abrindo espaço para novas contratações ou renegociações.

Nova margem consignável acompanha o aumento do salário mínimo

Com o novo salário mínimo em vigor, a margem consignável do BPC/LOAS também é reajustada. Pela regulamentação atual, até 35% do valor do benefício pode ser comprometido com consignado.

Esse percentual é dividido da seguinte forma:

  • 30% destinados a empréstimos consignados
  • 5% reservados para cartão de crédito consignado

O aumento da margem cria a possibilidade de contratar valores maiores, mantendo taxas de juros mais acessíveis em comparação com outras modalidades de crédito.

Quanto pode ser contratado com o novo salário mínimo

Com o salário mínimo de 2026 fixado em R$ 1.621,00, o valor total da margem consignável chega a R$ 567,35. Desse montante:

  • R$ 486,30 podem ser usados para empréstimos consignados
  • R$ 81,05 ficam disponíveis para uso via cartão consignado

Quem já possui contratos ativos poderá renegociar com base na nova margem. Já os beneficiários que ainda não contrataram terão acesso a simulações com valores maiores e condições ajustadas ao novo salário mínimo.

O valor final liberado depende do número de parcelas e das regras aplicadas por cada instituição financeira.

Quando o novo valor do consignado começa a valer

O novo salário mínimo entra em vigor em janeiro de 2026, com impacto direto nos pagamentos a partir de fevereiro. A partir desse período, bancos e instituições financeiras devem atualizar seus sistemas para liberar contratações com a margem reajustada.

Segundo o texto original, já é possível realizar simulações e até a pré-contratação do Empréstimo Aumento de Salário 2026, utilizando a margem futura, garantindo as condições assim que o reajuste for efetivado.

Quem recebe o BPC já pode contratar o Empréstimo BPC/LOAS, modalidade em que as parcelas são descontadas diretamente do benefício. Isso traz mais controle financeiro, já que o valor da parcela é abatido automaticamente no pagamento mensal.

Por conta dessa garantia de desconto, o consignado do BPC possui teto de juros definido por lei, evitando cobranças abusivas. Em comparação com outras linhas de crédito, costuma oferecer as menores taxas do mercado.

Outro ponto destacado é o direito de desistência: após a contratação, o beneficiário tem até cinco dias úteis para cancelar o acordo, sem custo ou prejuízo.

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Aécio de Paula
Aécio de Paula
Jornalista formado pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e pós-graduado em Direitos Humanos pela mesma instituição. Atua na produção, edição e apuração de conteúdos sobre política, economia, sociedade e cultura, com experiência em redações e portais de notícia.

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