sexta-feira,
12 de dezembro de 2025

Salário mínimo deve ter aumento menor do que o esperado

O governo federal revisou sua projeção para o salário mínimo de 2026, reduzindo-o de R$ 1.631 para R$ 1.627

A desaceleração da inflação neste final de ano traz certo alívio ao orçamento dos consumidores. Contudo, também resultará em um reajuste menor do que o previsto inicialmente para o salário mínimo e as aposentadorias em 2026.

O governo revisou sua projeção para o salário mínimo de 2026, reduzindo-o de R$ 1.631 para R$ 1.627, conforme informado pelo Ministério do Planejamento. Atualmente, o valor está fixado em R$ 1.518.

Caso a nova estimativa seja confirmada, o aumento para o próximo ano será de R$ 109, representando uma alta de 7,18%, inferior aos 7,5% aprovados para 2024.

De acordo com a legislação vigente, a correção do salário mínimo considera o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado em 12 meses até novembro, além de até 2,5% de ganho real.

Em agosto, o governo projetava uma inflação de 4,78%. No entanto, as projeções do próprio mercado agora convergem para índices próximos ao teto da meta inflacionária.

Em novembro, o IPCA-15, análise prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,20%, acumulando 4,50% nos últimos 12 meses.

O índice oficial do INPC será divulgado pelo IBGE no dia 10 de dezembro. Este indicador acompanha a inflação para famílias com renda de até cinco salários mínimos e é calculado junto ao IPCA.

O reajuste salarial segue definido no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), atualmente em avaliação na Câmara dos Deputados. Ainda sujeito a alterações, caso o texto proposto pelo governo seja aprovado, os benefícios do INSS atrelados ao salário mínimo deverão acompanhar o novo piso nacional.

Atualmente, cerca de 70% das aposentadorias correspondem a um salário mínimo, impactando cerca de 28 milhões de beneficiários do INSS.

Reajuste para rendas

Para segurados do INSS que recebem benefícios superiores ao salário mínimo — aproximadamente 12 milhões de pessoas — o reajuste é atrelado ao INPC acumulado no ano encerrado em dezembro.

O Ministério da Fazenda, em seu relatório de novembro sobre a avaliação de receitas e despesas, ajustou a previsão do INPC para fechar o ano em 4,46%, abaixo dos 4,66% estimados anteriormente.

Com isso, espera-se que os benefícios destes segurados sejam reajustados em 4,46% a partir de janeiro, um índice inferior ao aumento de 4,77% aprovado no início de 2025.

O teto das aposentadorias e pensões pagas pela Previdência Social também é corrigido pelo INPC. Atualmente fixado em R$ 8.157,41, caso a previsão de reajuste se confirme, o limite deve subir para R$ 8.521,23.

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Thais Rodrigues
Thais Rodrigues
Formada em Jornalismo desde 2009 pela Unicsul e também pós-graduada em Jornalismo Esportivo pelo Centro Universitário FMU. Atualmente trabalhando nas áreas de redação, marketing e assessoria de imprensa.

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