Alíquota de 60% no IR? Relembre polêmicas do novo presidente do IBGE

Marcio Pochmann foi anunciado por membros do Governo Federal como o novo presidente do IBGE. Ele conta com algumas opiniões polêmicas
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Marcio Pochmann será o novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A informação foi confirmada na tarde desta quarta-feira (26) pelo Ministro da Comunicação Social, Paulo Pimenta (PT) e gerou polêmica.

Segundo informações de bastidores, o nome de Pochmann vinha sendo tratado com desconfiança por parte da ala econômica do Governo. Ele não é o nome dos sonhos nem da Ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB) e nem do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).

De todo modo, o anúncio já foi feito e o nome está posto, restando apenas a oficialização. Mas afinal de contas, por que Pochmann está longe de ser uma unanimidade dentro do Palácio do Planalto? O histórico de algumas opiniões polêmicas podem explicar o movimento. Veja abaixo:

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As opiniões de Pochmann antes de assumir IBGE

Alíquota de 60% no IR

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Quando era presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em junho de 2008, Pochmann defendeu uma Reforma do Imposto de Renda, que poderia fazer com que os mais ricos pagassem uma alíquota de nada menos do que 60%. Além disso, ele defendeu 12 faixas diferentes de contribuição.

  • Críticas ao Pix

O economista também já chegou a fazer críticas ao sistema de Pix, um dos formatos de transferência de dinheiro mais populares do Brasil hoje. “Na sequência vem a abertura financeira escancarada com o real digital e a sua conversibilidade ao dólar. Condição perfeita ao protetorado dos EUA”, escreveu ele no Twitter em 2020.

  • Redução da jornada
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Pochmann também chegou a defender uma redução da jornada de trabalho, sem redução do salário. “Há singularidade do trabalho hoje: os ganhos de produtividade foram muito significativos e há condições técnicas para reduzir a jornada, sem comprometer o desempenho”, disse o economista, durante apresentação.

A polêmica com Simone Tebet

Como dito, segundo informações de bastidores a Ministra do Planejamento não teria aprovado o nome de Pochmann para o comando do IBGE. O Instituto, vale lembrar, faz parte do braço do Ministério do Planejamento, que é comandado por Tebet. 

Contudo, a Ministra conversou com jornalistas na manhã desta quinta-feira (27) e disse que não há problema em trabalhar com o nome que foi indicado pelo presidente Lula (PT).

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“O ministro Pimenta, não sabendo da reunião que tivemos com o presidente, anunciou preliminarmente. Já está colocado. O nome será oficializado no momento certo, depois da conversa que teremos com o presidente Lula. Acataremos qualquer nome que venha. O nome já está posto”, disse Tebet.

“Vocês se lembram que eu fiz uma declaração de apoio (no segundo turno) antes mesmo de conversar com o presidente Lula. Diante disso, nada mais justo do que apoiar o presidente, independente do nome que ele apresentaria”, afirmou nesta quinta.

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