Após votar sim, oposição ironiza isenção do Imposto de Renda

Ampliação da isenção do Imposto de Renda para até R$ 5 mil divide opiniões na Câmara: oposição chama medida de "troco"
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A promessa de ampliar a isenção do Imposto de Renda animou parte da população, mas no plenário da Câmara dos Deputados a aprovação do projeto foi marcada por críticas duras da oposição. 

Apesar da votação unânime, inclusive com apoio de adversários do governo, parlamentares acusaram o texto de ser insuficiente e até prejudicial ao país.

O novo limite de isenção foi fixado em até R$ 5 mil mensais. Para o governo, a medida representa um alívio para trabalhadores da base. Já para oposicionistas, o alcance é limitado e pode trazer efeitos contrários à economia nacional.

Oposição chama isenção de “troco”

O líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), ironizou a proposta e afirmou que o aumento na faixa de isenção é apenas um “troco”, muito abaixo do que a população realmente precisa. 

Segundo ele, o país deveria reduzir a carga tributária, não criar novos impostos.

Na mesma linha, o vice-líder da oposição, Capitão Alden (PL-BA), alertou que a medida pode estimular a saída de capitais do Brasil. 

Em seu discurso, ele afirmou que os mais ricos, ao serem tributados, poderiam transferir recursos para o exterior, “gerando desemprego e consequências nefastas”.

Propostas alternativas: isenção até R$ 10 mil 

Parte da oposição defende que a isenção deveria chegar a R$ 10 mil, desde que acompanhada de políticas de austeridade fiscal. 

O deputado Gilson Marques (Novo-SC), por exemplo, criticou o impacto social do projeto e afirmou que os recursos arrecadados não chegarão aos mais pobres, mas ficarão com a classe política.

Tributação de dividendos entra no pacote

Além da isenção do Imposto de Renda, o texto aprovado incluiu mudanças sobre lucros e dividendos. Pessoas físicas que receberem acima de R$ 50 mil mensais passarão a ser tributadas em 10% na fonte.

No entanto, resultados apurados até 2025 estarão livres dessa cobrança, desde que aprovados e distribuídos até o fim do mesmo ano.

O deputado Bibo Nunes (PL-RS) classificou a medida como “populista”, afirmando que o governo usa o tema para fins políticos. 

Já Luiz Carlos Hauly (Pode-PR) reforçou que a proposta não resolve o peso da carga tributária sobre os mais pobres e chamou o projeto de “enganação” com cunho eleitoral.

Próximos passos

Mesmo os deputados mais críticos da proposta votaram pela aprovação da matéria. Com isso, o projeto segue agora para análise do Senado Federal.

Caso não sejam aplicadas mudanças no texto original, o documento seguirá para sanção ou veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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