A situação de calamidade pública vivida pelo Rio Grande do Sul (RS) se refletiu no Imposto de Renda (IR) deste ano. Ao todo, pessoas físicas destinaram R$ 35 milhões a fundos para proteção de crianças e idosos gaúchos.
Com o valor, o estado se tornou o maior beneficiário desse tipo de direcionamento do Imposto de Renda. Em segundo lugar está São Paulo com R$ 33 milhões até o momento e o Paraná com R$ 18 milhões.
Os números são da Receita Federal pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), responsável por gerir o Pacto Nacional da Primeira Infância.
Como doar o Imposto de Renda para o Rio Grande do Sul
De acordo com a legislação brasileira, na Declaração Anual do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF), o contribuinte pode destinar até 6% do imposto devido para fundos estaduais e municipais vinculados ao Estatuto da Criança e do Adolescente e ao Estatuto do Idoso.
O estado ou a cidade devem ser indicados no momento em que o contribuinte preenche a declaração. Vale destacar que essa opção só para quem preenche o IRPF completo.
Quem já entregou a declaração do imposto de renda e não fez nenhuma doação, tanto para o RS como para outros beneficiados, ainda pode fazer uma versão retificadora com as destinações. O prazo final para entrega deste ano se encerra em 31 de maio.
O desastre climático que atinge o Rio Grande do Sul deixou 163 mortos e 581 mil pessoas desalojadas. Das 497 cidades gaúchas, 467 foram afetadas pelas tempestades e enchentes, o equivalente a 94% do total. 581 mil pessoas foram desalojadas, das quais 76 mil ainda estão em abrigos.
Bolsa Família e auxílio gás
No dia 17 de maio, o Governo Federal começou a liberar os valores do Bolsa Família e auxílio gás para beneficiários dos programas atingidos pela tragédia no Rio Grande do Sul.
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) divulgou dados que indicam que 583 mil famílias vivem no Estado e devem ser contempladas pela medida implantada.