sexta-feira,
12 de dezembro de 2025

Biometria no INSS: o que é, quem deve fazer e quem está dispensado

A biometria do INSS passou a ser obrigatória para novos pedidos, mas alguns grupos estão dispensados da exigência

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem intensificado o uso da biometria como um pilar fundamental para a segurança e a gestão de seus benefícios. 

Longe de ser apenas uma inovação tecnológica, a coleta de dados biológicos únicos, como impressões digitais, tornou-se um mecanismo para combater fraudes e garantir que os pagamentos cheguem exclusivamente aos segurados legítimos. 

Este procedimento é a linha de frente para confirmar a identidade em processos sensíveis, como a Prova de Vida e, notadamente, a contratação de crédito consignado.

Obrigatoriedade e Prevenção à Fraude

A biometria se consolidou como uma exigência em situações de maior risco financeiro. A principal obrigatoriedade recai sobre os segurados que pretendem contratar ou renovar empréstimos consignados. 

Desde a regulamentação recente, a confirmação biométrica (facial ou digital) é compulsória para validar a operação, funcionando como um antídoto contra o assédio e a contratação indevida que frequentemente lesam os aposentados e pensionistas.

Além disso, a biometria é frequentemente solicitada quando há uma convocação para a Prova de Vida presencial.

Embora a Prova de Vida seja cada vez mais digital, o comparecimento e a coleta biométrica podem ser exigidos em agências bancárias ou postos do INSS, garantindo a autenticidade do comparecimento em casos onde métodos remotos falharam ou não são aplicáveis. 

Para a realização desses procedimentos, o segurado deve apresentar obrigatoriamente um documento oficial com foto (RG ou CNH) e o CPF.

Que não precisa fazer a biometria

Apesar da rigidez do sistema, o INSS prevê dispensa da biometria presencial em reconhecimento às vulnerabilidades dos segurados. A legislação busca garantir o acesso ao benefício sem impor barreiras intransponíveis.

Estão geralmente dispensados ou utilizam mecanismos alternativos:

    • Segurados Atingidos pela Limitação Física ou Idade Avançada: Estes podem solicitar a Prova de Vida por meio de visita domiciliar de um servidor do INSS ou através de um procurador legalmente cadastrado, afastando a necessidade do comparecimento biométrico.
    • Adesão à Prova de Vida Digital: Muitos beneficiários conseguem concluir o procedimento de Prova de Vida com sucesso utilizando o reconhecimento facial por meio do aplicativo gov.br. Aqueles que confirmam sua identidade com sucesso por esta via digital estão automaticamente dispensados da coleta biométrica presencial.
  • Migrantes, refugiados e apátridas;
  • Brasileiros residentes no exterior.

Em suma, a biometria no INSS simboliza o esforço contínuo do Estado em modernizar a gestão e proteger o patrimônio do segurado. 

Ela atua como um filtro de segurança essencial, mas é complementada por alternativas flexíveis para assegurar que a proteção não se converta em exclusão para aqueles que não podem comparecer fisicamente.

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Ana Lima
Ana Lima
Ana Lima é formada em Comunicação Social pela Universidade Estácio de Sá e já atua na profissão há mais de 30 anos. Já foi repórter, diagramadora e editora em jornais do interior e agora atua na mídia digital. Possui diversos cursos na área de jornalismo e já atuou na Câmara Municipal de Teresópolis como assessora de imprensa.

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