CPMI do INSS promete decisão explosiva sobre quebras de sigilo nesta semana

CPMI do INSS decide pautar mais de 250 pedidos de quebra de sigilo. Entre os alvos estão ex-presidentes, empresários e políticos ligados a fraudes em aposentadorias
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A tensão política em Brasília está prestes a aumentar. O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura supostas fraudes em aposentadorias do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), confirmou que todos os pedidos de quebra de sigilo serão colocados em pauta já na próxima quinta-feira (11).

Até aqui, nenhum dos requerimentos havia sido votado. Mas a nova decisão promete abrir caminho para investigações mais profundas e pode atingir nomes de peso ligados ao esquema.

Mais de 250 pedidos parados

No total, a CPMI já acumula 252 solicitações de quebra de sigilo, incluindo:

  • Bancário
  • Fiscal
  • Telemático (acesso ao celular completo)
  • Telefônico (ligações e localização)

A maior parte desses pedidos veio da oposição, que pressiona por respostas rápidas sobre o caso do INSS

Além disso, existem 220 solicitações adicionais ao Coaf, em busca de relatórios financeiros de movimentações suspeitas.

Quem está na mira? 

Os requerimentos miram pessoas e empresas que aparecem como peças-chave nas denúncias. Entre os nomes citados estão:

  • Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”
  • Maurício Camisotti, empresário ligado ao esquema
  • Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS
  • Carlos Lupi e Ahmed Mohamad Oliveira Andrade (ex-ministros da Previdência)
  • Ex-servidores do INSS, como Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho e André Fidelis
  • Empresário Danilo Trento, já citado na CPI da Pandemia

Além deles, o assessor da Conafer, Cícero Marcelino de Souza Santos, concentra nove pedidos de quebra de sigilo. Também entram na lista empresas que estiveram sob investigação na pandemia, como Precisa Medicamentos e Global Saúde.

Decisão pode mudar os rumos da CPMI

Segundo Carlos Viana, a intenção é colocar tudo em votação para que governo e oposição cheguem a um acordo sobre quais quebras de sigilo serão priorizadas. 

O senador afirma querer atuar de forma “neutra”, permitindo que a comissão avance sem paralisar as investigações.

Próximos depoimentos já agendados

A agenda da CPMI também prevê oitivas importantes:

  • Quinta-feira (11): Ahmed Mohamad Oliveira Andrade, ex-ministro da Previdência no governo Bolsonaro
  • Segunda-feira (15): Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”
  • Quinta-feira (18): Empresário Maurício Camisotti

Esses depoimentos devem dar novo fôlego às apurações e podem reforçar a pressão sobre a votação das quebras de sigilo.

Em resumo, a expectativa é que a quinta-feira (11) seja marcada por intensos embates dentro da CPMI. Enquanto a base governista pede cautela, a oposição pressiona para avançar imediatamente nas quebras de sigilo. 

O resultado dessas votações pode definir não apenas o rumo das investigações, mas também o clima político em Brasília nas próximas semanas.

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