terça-feira,
28 de outubro de 2025

CPMI do INSS promete decisão explosiva sobre quebras de sigilo nesta semana

CPMI do INSS decide pautar mais de 250 pedidos de quebra de sigilo. Entre os alvos estão ex-presidentes, empresários e políticos ligados a fraudes em aposentadorias

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A tensão política em Brasília está prestes a aumentar. O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura supostas fraudes em aposentadorias do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), confirmou que todos os pedidos de quebra de sigilo serão colocados em pauta já na próxima quinta-feira (11).

Até aqui, nenhum dos requerimentos havia sido votado. Mas a nova decisão promete abrir caminho para investigações mais profundas e pode atingir nomes de peso ligados ao esquema.

Mais de 250 pedidos parados

No total, a CPMI já acumula 252 solicitações de quebra de sigilo, incluindo:

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  • Bancário
  • Fiscal
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  • Telefônico (ligações e localização)

A maior parte desses pedidos veio da oposição, que pressiona por respostas rápidas sobre o caso do INSS

Além disso, existem 220 solicitações adicionais ao Coaf, em busca de relatórios financeiros de movimentações suspeitas.

Quem está na mira? 

Os requerimentos miram pessoas e empresas que aparecem como peças-chave nas denúncias. Entre os nomes citados estão:

  • Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”
  • Maurício Camisotti, empresário ligado ao esquema
  • Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS
  • Carlos Lupi e Ahmed Mohamad Oliveira Andrade (ex-ministros da Previdência)
  • Ex-servidores do INSS, como Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho e André Fidelis
  • Empresário Danilo Trento, já citado na CPI da Pandemia

Além deles, o assessor da Conafer, Cícero Marcelino de Souza Santos, concentra nove pedidos de quebra de sigilo. Também entram na lista empresas que estiveram sob investigação na pandemia, como Precisa Medicamentos e Global Saúde.

Decisão pode mudar os rumos da CPMI

Segundo Carlos Viana, a intenção é colocar tudo em votação para que governo e oposição cheguem a um acordo sobre quais quebras de sigilo serão priorizadas. 

O senador afirma querer atuar de forma “neutra”, permitindo que a comissão avance sem paralisar as investigações.

Próximos depoimentos já agendados

A agenda da CPMI também prevê oitivas importantes:

  • Quinta-feira (11): Ahmed Mohamad Oliveira Andrade, ex-ministro da Previdência no governo Bolsonaro
  • Segunda-feira (15): Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”
  • Quinta-feira (18): Empresário Maurício Camisotti

Esses depoimentos devem dar novo fôlego às apurações e podem reforçar a pressão sobre a votação das quebras de sigilo.

Em resumo, a expectativa é que a quinta-feira (11) seja marcada por intensos embates dentro da CPMI. Enquanto a base governista pede cautela, a oposição pressiona para avançar imediatamente nas quebras de sigilo. 

O resultado dessas votações pode definir não apenas o rumo das investigações, mas também o clima político em Brasília nas próximas semanas.

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Aécio de Paula
Aécio de Paula
Jornalista formado pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e pós-graduado em Direitos Humanos pela mesma instituição. Atua na produção, edição e apuração de conteúdos sobre política, economia, sociedade e cultura, com experiência em redações e portais de notícia.

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