Descubra os problemas da coluna que podem te aposentar por invalidez

O perito deverá levar em consideração a doença, seus sintomas e a profissão do trabalhador para definir a existência de incapacidade

Em primeiro lugar, a aposentadoria por invalidez é um benefício que não se deseja. Pois é concedida apenas para quem sofre alguma incapacidade sem cura e que impossibilite totalmente a realização do trabalho.

Problema na coluna é uma das maiores causas de concessão de benefícios no INSS. Um dos benefícios a se conceder poderá ser a aposentadoria por invalidez (quando o perito entende que a incapacidade se tornou permanente).

Quando compromete a coluna vertebral, o quadro pode se agravar principalmente se o foco da incapacidade está diretamente relacionado com o trabalho.

Veremos nessa leitura a seguir cada uma destas enfermidades e quais profissões são as mais afetadas. Acompanhe. 

Problemas na coluna que podem conceder aposentadoria

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1 – Hérnia de disco

A hérnia de disco acontece quando há um desgaste dos discos intervertebrais de fibrocartilagem e elásticos que atuam como amortecedores de impactos impedindo o contato de uma vértebra com outra. Com esse desgaste, os discos saem do eixo e se deslocam para o canal vertebral comprimindo os nervos da região causando muitas dores. 

As principais causas da hérnia de disco são acidentes e traumas; carregamento de peso excessivo; má postura no dia a dia; e desgaste pelo tempo e genética. A doença pode afetar a lombar, cervical e torácica.

Entre os sintomas estão fraquezas nas pernas, formigamento nas pernas e 

braços e dores na nuca e no pescoço. 

As profissões que mais apresentam a doença são metalúrgicos, pedreiros, faxineiras e outras funções que necessitam de trabalho braçal. 

2 – Osteofitose

A Osteofitose é quando acontece o crescimento do osso entre as vértebras onde o disco intervertebral está desgastado e não funciona mais como amortecedor. A doença também é conhecida como bico de papagaio, pois a ponta que surge entre as vértebras aparenta o bico do animal.

Na maioria dos casos, eles aparecem quando a pessoa possui problemas reumáticos, como osteoartrose lombar e cervical; desidratação do disco intervertebral; e outros problemas. 

A principal causa é a permanência em posturas incorretas ao longo da vida laboral.

3 – Discopatia degenerativa

A Discopatia degenerativa atinge os discos intervertebrais. Ocorre por conta da perda de água da região, minimizando a capacidade de movimentação. Ela pode ser provocada pelo ato de carregar peso de maneira irregular e também de manter uma postura viciosa por um longo período de tempo. 

Fatores genéticos, desgastes, esportes de alto impacto, obesidade e tabagismo também podem desencadear a doença.

4 – Protusão discal

A protusão discal é a degeneração e dilatação dos discos da coluna, que se localizam entre os discos intervertebrais e se configura pelo fato de que o disco não rompe o anel fibroso. 

Os trabalhadores que carregam peso ou que não possuem uma boa postura podem desenvolver a protusão discal. 

5 – Cervicalgia (torcicolo)

A Cervicalgia, mais conhecida como torcicolo, é uma dor situada nas vértebras cervicais. Ela pode ser aguda e durar dias ou crônica e durar várias semanas. Essas dores têm como causa as alterações na postura.

A Cervicalgia aguda também está relacionada aos movimentos bruscos do pescoço, gestos repetitivos, ou traumatismo cervical. Já a crônica também pode ser causada por uma artrose cervical.

Os profissionais mais atingidos pela doença são aqueles que trabalham por longos períodos em frente ao computador e aqueles que passam muito tempo com o membro superior em elevação, como cabeleireiros e garçons.

Como comprovar a incapacidade?

Se as doenças na coluna são crônicas, incapacitam e afetam a vida diária do segurado, a chance de êxito de uma aposentadoria por invalidez é alta. 

Para isso, é preciso comprovar a incapacidade para o trabalho e para a vida independente.  Há quatro requisitos para a concessão da aposentadoria:

  • Qualidade de segurado do requerente;
  • Cumprimento da carência de 12 contribuições mensais;
  • Superveniência de moléstia incapacitante para o desenvolvimento de qualquer atividade que garanta a subsistência; 
  • Caráter definitivo da incapacidade.

A incapacidade passará por análise da perícia médica que é de responsabilidade do INSS.

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