Greve no INSS: servidores paralisam serviços e não há previsão de retorno

Cerca de 19 mil servidores do INSS estão em greve, reivindicando reajuste salarial
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Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iniciaram uma greve em todo o país. A paralisação decorre da falta de acordo com o governo federal sobre o reajuste salarial, afetando tanto os funcionários que trabalham presencialmente nas agências quanto aqueles em home office.

Atualmente, o INSS conta com 19 mil servidores ativos, incluindo 15 mil técnicos responsáveis pela maioria dos serviços e 4 mil analistas. Cerca de 50% dos trabalhadores estão em regime de home office, mas o sindicato informou que esses servidores também aderiram à greve.

Consequências da Paralisação

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Espera-se que a greve cause interrupções na análise e concessão de benefícios como aposentadorias, pensões, Benefício de Prestação Continuada (BPC), atendimentos presenciais (exceto perícia médica), além da análise de recursos e revisões, conforme informado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social de São Paulo (SINSSP).

A greve pode prejudicar a operação pente-fino, anunciada na semana passada pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi, que visava economizar R$ 26 bilhões em despesas obrigatórias por meio da revisão dos auxílios temporários.

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Declarações do Sindicato

“O SINSSP-BR é o Sindicato Nacional exclusivo da carreira do seguro social, e há servidores aderindo à greve em vários estados do Brasil”, informou o sindicato em nota.

A greve foi decidida após uma assembleia virtual com os servidores, que alegam que o governo não está disposto a dialogar sobre as demandas prioritárias da categoria, além de oferecer um reajuste que não compensa as perdas salariais, desvalorizando a carreira dos servidores.

A Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef), à qual o sindicato é filiado, participou da terceira rodada de negociação com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) no dia 3 de julho.

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Quais são as reivindicações

Entre as principais reivindicações que motivaram a greve estão:

  • Exigência de nível superior para o cargo de técnico do seguro social.
  • Atribuições exclusivas e reconhecimento como “carreira típica de Estado ou Estratégica Finalística/Transversal Estruturante”.
  • Reestruturação da carreira.
  • Melhores condições de trabalho.
  • Investimento em tecnologia.

O que diz o INSS

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Em nota, o INSS confirmou ter recebido um ofício da Condsef informando sobre a greve, mas afirmou que, no primeiro dia de paralisação, as atividades não foram significativamente comprometidas.

O INSS destacou que mais de 100 serviços podem ser realizados pela plataforma Meu INSS, disponível para celular (app) e desktop. Além disso, é possível entrar em contato pela Central de Atendimento 135, que funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h.

“Os cidadãos que necessitarem de algum serviço do INSS, como requerimento, cumprir exigência ou solicitar auxílio-doença, podem utilizar esses meios.”

Os técnicos do seguro social compõem mais de 80% da força de trabalho do INSS, sendo responsáveis pelo reconhecimento inicial de direitos e outras atribuições relacionadas à legislação previdenciária.

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Eles reivindicam a exigência de “nível superior” para o cargo, considerando a qualificação já existente desses servidores e a complexidade das tarefas que desempenham.

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