INSS: a promessa de Lula que ainda não foi cumprida

INSS vem sendo um dos grandes problemas de Lula durante o seu terceiro mandato. Até aqui, pouco avançou para os segurados
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acabou de completar o seu primeiro ano do terceiro mandato. Nos últimos 12 meses, ele conseguiu entregar boa parte das suas promessas, mas outros pontos ainda não foram cumpridos, como é o caso do fim da fila de espera do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A lista de espera é uma espécie de fila virtual que reúne os nomes das pessoas que deram entrada em um benefício previdenciário e que seguem esperando por uma resposta. Estima-se que mais de 1 milhão de brasileiros estejam nesta situação.

Durante a campanha presidencial de 2022, o presidente Lula prometeu que acabaria com esta fila de espera. No ano passado, o seu ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), também indicou que conseguiria acabar com a lista até o final de 2023. Mas o fato é que ele não conseguiu cumprir o prometido.

Mudança de tom

Um ano depois daquela promessa, o fato é que o tom mudou dentro do governo federal. Hoje, a avaliação no Palácio do Planalto é de que acabar com a fila de espera é algo impossível dentro das amarras que estão impostas no orçamento.

Esta indicação foi proferida pelo próprio ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT) em entrevista recente. Entre outros pontos, ele chegou a dizer que a fila de espera do INSS “nunca vai acabar” e frisou que as pessoas que acham que é possível acabar com a fila estariam mentindo.

De todo modo, Lupi disse que o plano oficial do Ministério da Previdência é fazer com que o tempo médio de espera para uma resposta seja de 30 dias até o final do ano. Hoje, a indicação mais recente é de que este prazo é de 49 dias. A lei determina 45.

ANMP fala em aumento da fila do INSS

Dentro da Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP), a avaliação é de que o governo não só não vai conseguir reduzir a fila de espera do INSS, como também vai acabar aumentando a lista.

“Vale mencionar a deterioração do programa de bônus, a redução da pontuação das tarefas […] e a facilitação exponencial da concessão de benefícios com base na mera apresentação de atestados médicos”, disse a ANMP. 

“Todas essas políticas foram imediatamente denunciadas pela Associação como inócuas e, de modo ainda mais negativo, como aniquiladoras da Previdência Social.”

“Agora, ficou ainda mais evidente que o Ministro não possui competência alguma para gerir a missão que lhe foi confiada. Como é improvável que ele reconheça seus equívocos, sua permanência à frente da pasta se mostrou inviável. Carlos Lupi não merece o Ministério e o Brasil não merece Carlos Lupi”, completa a nota.

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