INSS: como a greve dos peritos pode impactar sua vida

Peritos médios estão realizando sucessivas paralisações nos últimos dias. Em pauta, estão os pedidos de reajuste salarial

Nesta quarta-feira (24), peritos médicos realizaram uma nova greve de 24 horas. Foi a segunda paralisação, das três que estão programadas para este mês de janeiro. A greve tem impacto direto no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O que os peritos querem? De acordo com representantes dos trabalhadores, a ideia é pressionar o governo federal por um reajuste salarial de 23%, além da abertura de um concurso público para a contratação de 1,5 mil peritos e do cumprimento do acordo de greve de 2022.

Para o INSS, a paralisação está sendo seguida por apenas 20% dos peritos médicos do país. A versão das entidades que representam os trabalhadores, no entanto, é outra. Eles afirmam que ao menos 70% dos profissionais estão cruzando os braços nas datas marcadas.

Reajuste

No ano passado, depois de uma série de conversas, governo e trabalhadores aceitaram o acordo de concessão de reajuste de 9%  para a categoria. Contudo, os peritos afirmam que a defasagem salarial da categoria ainda está na casa dos 27% mesmo depois do aumento do ano passado.

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A próxima greve do INSS

Como dito, os peritos médicos do INSS ainda devem realizar uma nova paralisação neste mês de janeiro. A ideia é que a greve aconteça no próximo dia 31. A primeira parada aconteceu ainda no último dia 17.

“Caso o Governo mantenha sua inércia e descaso em relação às reivindicações, a categoria cogita continuar com as paralisações pontuais e, até mesmo, instaurar um movimento paredista por tempo indeterminado“, afirmou o presidente da organização, Luiz Carlos de Teive e Argolo, da Associação Nacional dos Peritos Médicos (ANMP).

O INSS afirma que reconhece o direito de greve, mas que não pode deixar de lado a questão da responsabilidade fiscal.

Queda no tempo de espera do INSS

A greve dos peritos do INSS está acontecendo justamente no momento em que o Instituto está começando a mostrar bons números de redução do tempo médio de espera para a concessão de benefícios previdenciários.

De acordo com a autarquia, há motivos para comemorar, já que houve uma melhora da situação neste sentido.

Segundo o INSS, o Brasil terminou o ano de 2023 com um tempo médio de 47 dias para a concessão de benefícios. O dado foi confirmado pelo Portal de Transparência Previdenciária, que também aponta uma queda no tamanho da fila de espera de 1,6 milhão para 1,5 milhão.

Quando se considera os números do tempo médio de espera, pode-se notar que o prazo estava na casa dos 79 dias no final de 2022, e fechou 2023 com uma redução de 40%, ainda de acordo com os dados oficias.

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