INSS em colapso: número de pedidos parados já dobrou no governo Lula

Quando o presidente Lula assumiu o Planalto em janeiro de 2023, a fila do INSS já era motivo de preocupação: 1,5 milhão de brasileiros aguardavam por benefícios. 

À época, o petista prometeu repetir o feito de gestões anteriores e zerar a espera para aposentadorias, auxílios e perícias médicas.

Pouco mais de dois anos depois, a realidade é ainda mais dura. O número de pedidos parados saltou para 2,6 milhões, praticamente o dobro do cenário inicial. O que era visto como crise se transformou em um quadro de colapso dentro da Previdência Social.

Promessa de Lula para o INSS

Em 2023, Lula chegou a declarar que investigaria os motivos do crescimento da fila e disse que, se fosse falta de recursos, explicaria à população; se fosse carência de servidores, contrataria; e se fosse incompetência, trocaria gestores.

No entanto, caminhando para o fim do terceiro ano de mandato, a promessa ficou para trás. Hoje, o presidente evita comentar o tema, diante do agravamento do problema.

Fraudes bilionárias e prejuízo aos idosos

A situação do INSS se tornou ainda mais caótica após a descoberta de fraudes que desviaram bilhões de reais. 

Idosos foram vítimas de descontos ilegais em seus benefícios aplicados por sindicatos, forçando o governo a desembolsar cifras bilionárias para reparar os prejuízos.

O escândalo minou de vez a promessa presidencial de redução da fila e expôs as falhas estruturais do sistema previdenciário.

O que fazer se você estiver na fila de espera do INSS

Enquanto milhões aguardam uma resposta, muitas famílias precisam encontrar alternativas para sobreviver. Se você está na fila do INSS, existem algumas medidas que podem aliviar a situação:

• Renda extra temporária: pequenos trabalhos autônomos, como vendas online, serviços por aplicativo ou trabalhos domésticos, podem garantir um suporte mínimo enquanto o benefício não sai.
• Auxílios sociais: verifique se você tem direito a programas como o Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou auxílios municipais. Esses benefícios podem ajudar a suprir necessidades básicas como alimentação e contas de energia.
• Organização financeira: renegociar dívidas e priorizar gastos essenciais é fundamental nesse período de incerteza.

Minha espera já ultrapassou o prazo legal

Pela legislação, o INSS tem até 45 dias para analisar um pedido de benefício. Caso esse prazo seja descumprido, o segurado pode:

• Registrar uma reclamação na Ouvidoria do INSS;
• Buscar apoio no Ministério Público Federal ou na Defensoria Pública da União;
• Acionar a Justiça Federal, pedindo uma decisão judicial que obrigue o órgão a concluir a análise.

Com informação e organização, é possível enfrentar a longa espera sem ficar totalmente desamparado.