INSS: quase 1 milhão aguardam realização de perícia médica

Perícia médica é passo importante para que o cidadão prove que precisa do benefício. Sem a consulta, cidadão não consegue entrar no INSS

Quase 1 milhão de brasileiros estão neste momento na chamada fila de espera pela realização de uma perícia médica. Trata-se do procedimento capitaneado por um perito que tem o objetivo de identificar quem são as pessoas que realmente precisam receber um determinado benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Dados mais recentes do Ministério da Previdência apontam que em todo o Brasil pouco mais de 996 mil pessoas estão no aguardo pela realização da perícia. São brasileiros que estão esperando pela consulta para passar a ter uma oportunidade de receber benefícios previdenciários como o BPC ou o Auxílio-doença, por exemplo.

O número real, no entanto, tende a ser bem maior do que este. O INSS explica que nesta conta entram apenas as pessoas que estão aguardando, e que já possuem uma perícia médica agendada oficialmente. Quem precisa da consulta e não consegue sequer realizar um agendamento, não está entre essas mais de 900 mil pessoas.

O número que apresenta o tamanho da fila de espera foi obtido pela emissora Globo News através da Lei do Acesso à Informação. Os dados revelam que este é o mês de março com a maior fila de espera para a realização de uma perícia médica em quatro anos. Veja abaixo:

Fila de espera para perícia médica:

Destaques sobre *** por e-mail

  • Março de 2020: 726.894 pessoas
  • Março de 2021: 635 mil pessoas
  • Março de 2022: 828 mil pessoas
  • Março de 2023: 996 mil pessoas

É possível perceber, portanto, que há uma elevação do tamanho desta fila de espera para perícias médicas há ao menos três anos. O grande desafio do novo governo é estancar este movimento.

Fila de espera do INSS

Em entrevista recente, o Ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT) falou sobre o assunto. Entre outros pontos, ele disse que está ciente da situação, e falou que o INSS vai trabalhar em uma espécie de mutirão para levar peritos para áreas mais distantes dos grandes centros urbanos.

“Vou deslocar peritos das capitais do Nordeste para o interior, onde tem a maior fila. Estamos nos acertos finais para começar neste mês. A medida provisória que autoriza o bônus está para sair a qualquer momento. O bônus ajuda porque é uma maneira de incentivar o perito a se deslocar”, disse o Ministro da Previdência.

Perguntado sobre um prazo para o fim da fila geral do INSS, o pedetista disse que será impossível acabar, mas é possível reduzir.

“Nunca vai acabar (a fila). O parâmetro de aceitabilidade é de até 45 dias de espera. Pretendo (chegar a) isso até o fim do ano com o mutirão e o pagamento de bônus.”

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