INSS: teto dos juros do consignado pode cair nesta quarta, 11
Teto de juros do consignado do INSS poderá ser reduzido nesta quarta-feira (11). Mas boa parte dos bancos promete trabalhar para evitar movimentoA taxa máxima de juros do consignado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estará em discussão dentro da reunião do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) nesta quarta-feira (11). A depender do resultado do encontro, este teto de juros poderá ser reduzido.
Hoje, a taxa máxima de juros para o consignado do INSS está na casa de 1,91% ao mês. A ideia defendida pelo Ministério da Previdência é reduzir esta marca para 1,84%, mas o ministro Carlos Lupi (PDT) certamente encontrará resistência por parte dos bancos, que também participam da reunião do CNPS.
O que desejam os bancos
Liderados pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), instituições financeiras privadas querem que o limite atual seja congelado ao menos até a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que está marcada para o próximo dia 31 de outubro.
E por que eles pedem este marco de tempo? Porque o ministro Carlos Lupi considera que a definição da taxa Selic pelo Banco Central (BC) está diretamente ligada ao teto de juros do consignado. Ele defende que a taxa seja reduzida ao mesmo passo que a Selic for reduzida também.
Hoje, a Selic está em 12,75% ao ano. Esta taxa foi definida na última reunião do Copom, e já naquela ocasião, Carlos Lupi adiantou que reduziria o teto de juros do consignado do INSS ao mesmo passo.
Os bancos afirmam que, apesar da queda na Selic, o custo de captação subiu por conta da volatilidade do mercado.
Expectativa de queda de juros
Mesmo que os bancos não concordem com a ideia de reduzir o teto de juros do consignado, o fato é que a expectativa geral é que de a taxa máxima seja mesmo reduzida nesta quarta-feira (11). Isso porque o governo federal tem maioria dos assentos do CNPS.
Neste colegiado, o governo federal conta com seis assentos. Os representantes dos aposentados possuem outros três. O setor financeiro, por outro lado, tem apenas um assento. Outros dois lugares são indicados para representantes do comércio e da indústria.
Como dito, a ideia de Lupi é reduzir a taxa máxima de juros do consignado de 1,91% para 1,84% ao mês. Já na modalidade de cartão de crédito, a ideia é aplicar uma redução dos atuais 2,83% para 2,76% ao mês.
Em caso de aprovação da redução, este seria o segundo recuo no teto da taxa de juros desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu o poder este ano. Em março, por exemplo, a taxa caiu de 2,14% para 1,97%, após acordo entre governo e bancos.