Lula faz cobrança pública sobre fila de espera do INSS

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que poderá "demitir incompetentes" que não estão conseguindo reduzir a fila de espera do INSS
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou publicamente o crescimento da fila de espera do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Em declaração nesta terça-feira (11), ele disse que poderá demitir “os incompetentes” que não conseguirem aplicar a redução do problema em questão.

Lula também disse que vai se reunir com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) e da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT) para tentar encontrar uma solução para o impasse.

“Se é falta de funcionário, a gente tem que contratar funcionário. Se é falta de competência, a gente tem que trocar quem não tem competência”, disse Lula durante entrevista para o programa Fala, presidente, transmitido na manhã desta terça-feira (11).

“Primeiro eu quero saber se a fila é porque não tem dinheiro para pagar os aposentados. O Bolsonaro fez no governo passado”, seguiu o presidente.

“Segundo eu quero saber se é falta de funcionários, porque nós ja provamos uma vez que pode zerar a fila. Zerar a fila para benefício, para auxílio natalidade, auxílio maternidade, para aposentadoria, para perícia médica”, completou Lula.

“Não há nenhuma explicação a não ser ‘eu não posso aposentar, porque eu não tenho dinheiro para pagar’. Se for isso, a gente tem que ser muito verdadeiro com o povo e dizer por que que tem essa fila”, disse o petista.

O tamanho da fila espera do INSS

Reduzir a fila de espera do INSS foi uma das principais promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições do ano passado. Entretanto, desde que ele assumiu o poder, o problema não vem sendo resolvido. Pelo contrário.

Segundo dados do Portal da Transparência Previdenciária, quase 1,8 milhão de pessoas estão na fila de espera para o recebimento de algum benefício de caráter previdenciário no país. Destes, quase 600 mil estão na espera por uma perícia médica, e mais de 1,2 milhão aguardam por análises administrativas.

O motivo do aumento

Segundo o Governo Federal, a fila aumentou nos primeiros meses deste ano principalmente por causa da falta de peritos médicos para realizar estas perícias. Como o Instituto está sofrendo com a falta de admissões, o número de servidores da área esta caindo mês após mês.

Para o secretário do Regime Geral da Previdência Social, Adroaldo da Cunha Portal, a ideia do Governo Federal é abrir um concurso público para contratação de mais 1,7 mil peritos . Segundo ele, em um curto prazo há também a ideia de aplicar uma Medida Provisória (MP) para elevar o número de perícias feitas por dia.

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