Entra dia e sai dia, e uma coisa não muda: a greve do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) continua. Nos últimos dias, a movimentação escalou e alguns servidores chegaram a ocupar o prédio do Ministério do da Previdência, em Brasília
Os servidores do INSS pedem uma série de reivindicações ao governo federal. A principal delas é o reajuste salarial, prometido em gestões anteriores, e que não teria sido cumprido nesse momento. Representantes do poder executivo, por outro lado, afirmam que o acordo já foi assinado.
De fato, ainda na última semana de outubro, representantes dos servidores e do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos chegaram em acordos salariais, e assinaram o documento. As diretrizes regulares, aliás, já foram publicadas no plano de orçamento enviado pelo Governo Federal ao congresso nacional no último dia 30 de agosto.
O problema é que ao menos uma parcela dos servidores do INSS não concordou com essa história, e seguiu realizando a greve em várias cidades do país. Desde então, o clima entre a diretoria do Instituto e os trabalhadores esquentou. E foi nesse contexto que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu tomar uma decisão.
A decisão do Planalto
De acordo com as informações de bastidores, o Palácio do Planalto decidiu se propor a intermediar um acordo o mais rapidamente possível para tentar resolver o problema.
Essa intermediação, aliás, já estaria acontecendo. Ainda na quarta-feira (18), representantes do Palácio do Planalto se reuniram com representantes dos servidores para dar início a uma nova negociação
O governo federal, aliás, já teria se comprometido com os servidores a apresentar a nova proposta até a próxima sexta-feira (20), para que as negociações cheguem a um final.
“O Comando Nacional de Greve avalia como muito positiva a audiência/reunião e aguardará o prazo de até 6ª feira [20.set], solicitado pelo gabinete da Presidência, quando informará sobre os encaminhamentos dados”, disse a Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Previdência (Fenasps).
“A categoria não tem conseguido acolhida ou abertura de diálogo junto ao MGI [Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos] após a assinatura de acordo na mesa temporária de negociação por uma das entidades sindicais nacionais”, completa a nota.
Greve do INSS
A intermediação do Palácio do Planalto parece ser a última cartada do poder executivo para tentar resolver o problema da greve do INSS. Embora a grande maioria das agências já estejam abertas e funcionando normalmente, o fato é que algumas pessoas ainda estão encontrando dificuldades para serem atendidas em alguns locais do país.
