Lupi volta a prometer redução na fila de espera do INSS

O ministro da previdência, Carlos Lupi (PDT) voltou a prometer reduzir a fila de espera do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Desta vez, a promessa foi feita durante uma audiência realizada na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (20).

“Em agosto, mais de 1 milhão de brasileiros entraram com algum pedido dentro “Meu INSS” ou na Previdência Social. Pedido de todo tipo, como aposentadoria, pensão, salário-acidente, salário-gestante, entre outros. É o recorde da nossa história”, ressaltou.

“O nosso esforço é que, até o fim de dezembro, consigamos enquadrar esses pedidos no prazo máximo permitido por lei, que é de 45 dias. Coloco isso como o maior desafio da minha vida”, disse o ministro da previdência na audiência.

Como reduzir a fila do INSS

De acordo com Lupi, será possível reduzir a fila de espera do INSS tomando algumas medidas estruturantes como:

• informatização dos dados;
• análise documental sem passar pela perícia;
• cruzamento de dados com outras instituições federais (Marinha e Ministérios do Desenvolvimento Agrário e do Desenvolvimento e Assistência Social);
• lançamento do programa para atendimento itinerante.

Neste programa de atendimento itinerante, a ideia é que os cidadãos possam realizar serviços como:

• fazer consulta ao seu cadastro junto ao INSS;
• simular aposentadoria;
• emitir documentos como os extratos de crédito e de consignação e o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS);
• entre outros procedimentos.

“Eu pretendo, aprovando o nosso concurso, colocar os nossos peritos indo, também, ao encontro da população”, seguiu o ministro da previdência.

Redução lenta

Dois meses depois de lançar um programa de enfrentamento à fila de espera do INSS, o fato é que os números de redução da lista estão lentos. Segundo Lupi, o grande gargalo seria a perícia médica, que segundo ele, precisa de mais concursados.

“Quando nós assumimos tinha um fila de mais ou menos 1 milhão e 800 mil pedidos atrasados. Essa fila já caiu para 1 milhão e 650 mil mais ou menos”, contabilizou.

Mesmo que a queda seja considerada lenta por membros do próprio INSS, Lupi afirma que foi justamente o programa de enfrentamento que ajudou a amenizar o tamanho do problema. “Por isso que ela já começou a diminuir”, disse ele.

“60% dos municípios brasileiros são sustentados pelo dinheiro da Previdência: por nossos aposentados, pensionistas. Não se pode tratar esse grande programa social apenas com o número matemático de superavitário ou deficitário”.

Espera

Atualmente, estima-se que mais de 1,6 milhão de brasileiros estejam na fila de espera do INSS. Eles aguardam por uma resposta para os seus pedidos de entrada em benefícios de caráter previdenciário.