MTST gera polêmica ou ocupar prédio do INSS em Porto Alegre

Prédio do INSS em Porto Alegre está ocupado por integrantes do MTST. Veja o que os militantes reivindicam com o movimento

Integrantes que fazem parte do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocupam desde o sábado (8) um antigo prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em Porto Alegre. A ocupação está sendo batizada pelos manifestantes de Maria Conceição Tavares.

Trata-se, portanto, de uma homenagem à economista que morreu aos 94 anos na mesma data.

O prédio em questão tem 25 andares, e fica localizado no Centro Histórico da capital do Rio Grande do Sul. Atualmente, a área está desativada para atendimento ao público e serve apenas como depósito para o órgão.

O que diz o INSS

Por meio de nota, o INSS informou que está ciente da ocupação na capital gaúcha, e indicou que as negociações estão transcorrendo pacificamente com o MTST. Uma nova reunião para discutir uma possível saída deve ser realizada nesta terça-feira (11).

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O INSS disse que o prédio conta atualmente com arquivos, móveis e utensílios que pertencem a autarquia. A área fica próxima do Mercado Público, local que também foi alagado em decorrência das enchentes.

O que pede o MTST

Ainda de acordo com os integrantes do MTST, a ideia é  “cobrar do poder público uma solução emergencial digna para as vítimas das enchentes”. Entre outros pontos, o movimento criticou a ideia de construir casas provisórias para as vítimas das chuvas. 

“São locais inadequados para as famílias viverem por um grande período de tempo, pois violam direitos básicos, como acesso ao transporte público e aos equipamentos de saúde, assistência social e educação, rompendo vínculos comunitários e com os profissionais que vinham fazendo o acompanhamento dessas famílias”, afirmou a nota.

“Esse movimento apresenta um caminho para a reconstrução de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul. Trazer a população trabalhadora para e pobre para morar no centro, usar estruturas que já estão construídas, sejam elas públicas ou privadas, diminuir o poder da especulação imobiliária”, afirma o deputado Matheus Gomes (Psol-RS).

“O MTST ocupa esse prédio para demonstrar que moradia popular digna pode ser construída nesses imóveis que não cumprem a função social. E, tem que ser através da moradia construída pelo Minha Casa Minha Vida”, diz a coordenadora nacional do MTST, Cláudia Ávila.

Situação no Rio Grande do Sul

Dados oficiais da Defesa Civil local indicam que o número de mortos em decorrência das fortes chuvas no Rio Grande do Sul já ultrapassou a marca dos 170. Milhares de gaúchos seguem desabrigados, ou desalojados neste momento em várias cidades do estado.

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