Saiba como se prevenir de golpes do INSS

Aproveitando-se dessa situação, os golpistas enganam os beneficiários ao solicitar o pagamento de taxas fictícias para liberar reembolsos
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Nos últimos tempos, aposentados e pensionistas vinculados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) têm sido alvo de fraudes relacionadas à devolução de quantias erroneamente cobradas por associações.

Aproveitando-se dessa situação, os golpistas enganam os beneficiários ao solicitar o pagamento de taxas fictícias para liberar reembolsos.

Esse tipo de atividades fraudulentas tem gerado uma preocupação crescente, uma vez que as mensagens enviadas pelos criminosos geralmente imitam comunicações oficiais, logrando enganar até mesmo os mais cautelosos.

Um dos esquemas utilizados por esses golpistas envolve o envio de e-mails que parecem legítimos, solicitando uma “taxa administrativa” para liberar um suposto reembolso. Os valores oferecidos são bastante atrativos, mas a exigência de um pagamento antecipado é um indicativo claro de que se trata de uma fraude.

Além disso, há relatos de telefonemas que instruem as vítimas sobre o procedimento a seguir para receber os valores supostamente devidos.

É importante enfatizar que o INSS já afirmou de forma categórica que não exige pagamento para a liberação de devoluções e que todas as comunicações são realizadas exclusivamente por meio do aplicativo Meu INSS.

Proteger e identificar golpes relacionados ao INSS

Para se resguardar contra fraudes, é imprescindível que os beneficiários do INSS estejam atentos a algumas orientações essenciais. Em primeiro lugar, é fundamental reconhecer que o INSS nunca envia e-mails ou mensagens via redes sociais solicitando dados pessoais ou pagamentos.

Toda comunicação oficial ocorre por meio do aplicativo Meu INSS ou pelo telefone 135. Os beneficiários devem desconfiar de qualquer pedido de pagamento antecipado para a liberação de valores, uma vez que essa prática é um sinal claro de fraude.

Outra ação relevante é sempre verificar a procedência das mensagens recebidas. E-mails com domínios questionáveis ou que não pertençam a instituições governamentais devem ser desconsiderados.

Em caso de incertezas, é altamente recomendável entrar em contato diretamente com o INSS através de seus canais oficiais para confirmar a autenticidade das informações. Essa precaução é vital para prevenir a exposição de dados pessoais e financeiros a criminosos.

Passos para contestar cobranças indevidas de forma segura

A partir de 14 de março de 2025, aposentados e pensionistas terão a possibilidade de contestar descontos indevidos utilizando o aplicativo Meu INSS ou pelo telefone 135. Para isso, basta acessar a seção “consultar descontos de entidades associativas” no aplicativo e verificar se os débitos foram autorizados.

Não é necessário apresentar documentos para contestar a cobrança, apenas realizar o envio da contestação pelo aplicativo, assegurando um processo seguro e simplificado para os beneficiários.

O INSS reforçou que não haverá atendimento presencial nas agências para tratar desses descontos, priorizando os canais digitais para maior agilidade e segurança. O governo anunciou que os reembolsos serão limitados a descontos realizados nos últimos cinco anos, a partir de março de 2020.

Essa decisão busca garantir que os beneficiários não sofram prejuízos indevidos por cobranças equivocadas e promove a transparência do processo.

Função da Polícia Federal na defesa dos beneficiários

A Polícia Federal tem exercido um papel vital na salvaguarda dos beneficiários do INSS. Recentemente, a prisão de três membros de uma organização criminosa que burlava a biometria e acessava a plataforma gov.br ocorreu.

Essa plataforma é utilizada para o acesso a diversos serviços oferecidos pelo governo federal, incluindo informações sobre benefícios previdenciários.

A quadrilha manipulava imagens para criar simulações de traços faciais, possibilitando assim o acesso não autorizado a dados pessoais, o que demonstra a complexidade das táticas empregadas pelos criminosos.

Com mais de 167 milhões de usuários cadastrados, a plataforma gov.br se apresenta como um alvo atrativo para ações ilícitas.

A Polícia Federal avaliou que ao menos 3 mil contas foram comprometidas, ressaltando a necessidade de implementar medidas de segurança rigorosas para proteger as informações dos cidadãos.

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