sábado,
25 de outubro de 2025

Tebet afirma que desvinculação “não passa pela cabeça” do governo

Ainda em audiência, Tebet falou que as discussões seguem em fase inicial, mas que não há decisão tomada até o momento

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Na última quarta-feira, dia 12, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que a desvinculação do piso das aposentadorias ao salário mínimo “não passa pela cabeça” do governo.

A fala foi durante a audiência pública na Comissão Mista de Orçamento. Segundo ela, a pasta está estudando a “modernização” de benefícios como, por exemplo, o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o abono salarial e o seguro-desemprego.

“Não passa pela cabeça do presidente Lula nem da equipe econômica desvincular a aposentadoria do salário mínimo. Estamos analisando a possibilidade de modernizar benefícios previdenciários [não relacionados à aposentadoria] e trabalhistas”.

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Ainda em audiência, Tebet falou que as discussões seguem em fase inicial, mas que não há decisão tomada até o momento.

“Acho que mexer na valorização da aposentadoria é um equívoco. Vai tirar com uma mão e ter que dar com outra. Temos de modernizar as demais vinculações. O BPC, o abono salarial, como estão essas políticas públicas. A discussão está sendo feita internamente, mas não há decisão política”.

Revisão de gastos

Segundo ela, a fase mais complicada do ajuste fiscal será essa, tendo a revisão de gastos, admitindo que o espaço para medidas de aumento de arrecadação está diminuindo.

“Como o próprio ministro Haddad falou, não temos plano B em relação à desoneração. Isso significa que as novas fontes de receita estão se esgotando. O lado bom disso é que vamos ter de acelerar a esteira da revisão de gastos”, disse Tebet.

Segundo a ministra, o governo precisa “realinhar e requalificar” os gastos públicos. E ainda justificou:

“Temos plano A, plano B, plano C e plano D na revisão de gastos, porque ela mal começou. Não é por outra razão e ninguém esconde isso, ela mal começou porque é o trabalho mais difícil de fazer, é complexo e envolve deliberação do Congresso Nacional”

De acordo com Tebet, há três frentes voltadas para a diminuição de gastos. A primeira está voltada para a fiscalização e eliminação de fraudes de programas sociais, como, por exemplo, o Bolsa Família.

A segunda está ligada a redução de incentivos fiscais. E a terceira tem ligação com a modernização de despesas obrigatórias, como as áreas da saúde, educação e benefícios previdenciários.

Saúde e educação

Na última terça-feira, dia 11, o ministro Haddad afirmou que pretende propor mudanças no formato dos pisos constitucionais da saúde e da educação. Já Tebet falou que não está em discussão a limitação do crescimento dos limites a 2,5% de aumento acima da inflação

Tebet declarou: “Ninguém está dizendo que vai limitar a 2,5%”.

Vale lembrar que uma mudança da regra terá como objetivo evitar o colapso do novo arcabouço fiscal , isso por conta dos pisos para a Saúde e a Educação terem um crescimento maior do que os gastos discricionários, ou seja, não obrigatórios, dos ministérios nos próximos anos.

Segundo estimativa do Tesouro Nacional, o espaço para as despesas livres do governo será comprimido ano a ano, até que ele seja extinguindo em 2030, caso não sejam alteradas as regras para os limites mínimos de Saúde e Educação.

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Thais Rodrigues
Thais Rodrigues
Formada em Jornalismo desde 2009 pela Unicsul e também pós-graduada em Jornalismo Esportivo pelo Centro Universitário FMU. Atualmente trabalhando nas áreas de redação, marketing e assessoria de imprensa.

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