Meu chefe gritou comigo, posso processar? Quais os direitos?

Entenda o que é assédio moral no trabalho e quais seus direitos

Infelizmente isso ocorre na rotina de várias empresas. Nem toda relação de trabalho é cordial e pode fugir do controle. Assim, cai no desrespeito e até chegando a agressão verbal e física

Portanto, a resposta é sim!. O empregador que se dirige a um ou a todos os funcionários com gritos descumpre o dever de agir com cordialidade e respeito no ambiente de trabalho. Portanto, ele deve responder pelo dano moral provocado.

Conhecer e refletir sobre o Assédio Moral no trabalho é uma das medidas que podem proteger a organização desse mal que tanto prejudica as relações de trabalho.

Dessa forma, é tão importante que todos tenham conhecimento sobre o comportamento adequado no ambiente de trabalho. Pois, saber identificar assédio e outras formas de violência praticadas pelo seu chefe é o primeiro passo na busca por direitos.

O que é assédio moral no trabalho?

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Assédio moral é qualquer conduta abusiva que possa causar danos à personalidade, dignidade e integridade física. Por exemplo, gritos, acusações, metas consideradas abusivas, entre outras. Esses atos abalam a autoestima e a estabilidade emocional de uma pessoa.

Todavia, não é toda conduta que caracteriza assédio moral no trabalho No ambiente de trabalho, o assédio provoca humilhação e constrangimento ao empregado de maneira repetitiva e constante. 

O que fazer se o meu chefe gritar comigo?

Casos de assédio no trabalho têm como um dos principais efeitos o silenciamento da vítima. É uma ação quase involuntária, gerada automaticamente pelo medo de perder o emprego ou a constante represália que pode vir a sofrer no ambiente de trabalho.

Mas saiba, esse medo pode impedir você de ter um tratamento respeitoso e ainda mais, de receber pelos seus direitos. Sendo assim, se o seu chefe gritar com você de maneira repetitiva e constante, o primeiro passo é: 

1. Denunciar o assédio

Ao contrário de ficar em silêncio, fale abertamente sobre como se sentiu com o tratamento que recebeu do seu superior. Transmita as situações ao RH da empresa, peça ajuda e não tente lidar com isso sozinho.

A ideia é fazer o ambiente se moldar com mais respeito, afinal, uma boa empresa deve estar interessada no bem-estar de seus funcionários e na conduta respeitosa de seus líderes. 

2. Buscar ajuda profissional

Se com o primeiro passo nada for resolvido ou piorar a sua situação. Você deve buscar um bom advogado. Esse profissional vai ouvir a sua história, identificar o assédio moral e orientar você sobre os próximos passos, caso você queira solicitar o reparo na Justiça. 

3. Juntar provas

Este não é um processo simples, principalmente levando em conta que situações de abuso costumam ocorrer longe de testemunhas. Mas também não é um bicho de sete cabeças, afinal, você estará amparado por um advogado.

As provas de assédio moral no trabalho podem ser: 

  • Prints de conversas por WhatsApp, troca de e-mails, plataformas internas da empresa, entre outros;
  • Gravações das condutas de assédio por áudio ou vídeo;
  • Testemunho de colegas que presenciaram os atos de assédio;
  • Planilhas de metas que demonstrem cobrança abusiva;
  • Receitas médicas – para os casos de danos psicológicos gerados pelo assédio moral, como por exemplo, a Síndrome de Burnout;
  • Exame de admissão – comprovante de que você estava plenamente capaz de atuar ao entrar na empresa;
  • Outros documentos específicos de cada caso, sua advogada dará as coordenadas.

4. Indenizações

Com as provas organizadas e todo o histórico detalhado pela advogada, o trabalhador poderá pleitear na Justiça do Trabalho o pagamento de indenizações e todos os direitos.

Direitos do trabalhador em caso de assédio moral

O empregado que sofre assédio moral no trabalho, tem direito a rescisão indireta. É uma forma de você pedir demissão e receber por todos os direitos trabalhistas:

  • Saldo do Salário;
  • Aviso Prévio;
  • Horas extras;
  • Férias vencidas e proporcionais;
  • 13º Salário;
  • FGTS;
  • Seguro-desemprego.
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