De acordo com o IBGE, cerca de 22% de todos os brasileiros que estão em extrema pobreza vivem com mais de 6 pessoas na mesma casa. O mesmo órgão argumenta que para estar na extrema pobreza é necessário viver com menos de R$ 9,90 por dia (US$ 1,90).
E o que isso quer dizer em escala de desemprego? São mais de 14,7 milhões de pessoas desempregadas e o país está no ranking dos 15 com maiores índices de desemprego.
Essas pessoas na faixa da pobreza, que recebem o auxílio emergencial devido à renda e a falta de trabalho formal, estão tirando na faixa de R$ 250 ou de R$ 375 (teto máximo caso seja somente a mãe solo a responsável por sustentar a família).
Supondo que o grupo seja composto por um pai, uma mãe e quatro crianças, totalizando seis pessoas, receberiam na faixa de R$ 250, o que seria dividido para cada um totalizando R$ 41, valor na faixa de um pouco mais de R$ 1 por dia para cada indivíduo. Muito abaixo da linha de pobreza que foi definida para o teto de US$ 1,90.
Se for uma mãe com os cinco filhos, ela receberia R$ 375. Valor mais baixo que é fornecido quando se compara com o BF em que alguns grupos deste tamanho conseguem tirar mais de R$ 500 por mês.
Estima-se que na extrema pobreza isso também afeta a privacidade dos indivíduos visto que muitos precisam dividir o espaço com parentes. 19,7% dividia o quarto com mais de uma pessoa, as maiores taxas eram com os entrevistados do Nordeste que somavam mais de 30%. Enquanto isso, em Santa Catarina, apenas 10,5% da população afirmou dividir.
Estima-se que, para que uma pessoa consiga viver bem, deve-se considerar, no valor do auxílio emergencial e do Bolsa Família, os gastos com água potável, luz, internet e alimentação básica com arroz, feijão e carnes, o que não ocorre em um cenário de extrema pobreza.
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