terça-feira,
2 de dezembro de 2025

Ambientes tóxicos no trabalho influenciam na sua saúde mental

Dicas de como cuidar da saúde mental e quando reconhecer que é o momento de desacelerar

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É comum se sentir sobrecarregado pelas exigências do mundo profissional. A combinação de cobranças excessivas, envolvimento emocional intenso e desgaste físico pode levar a sérios problemas de saúde mental, como ansiedade, estresse e depressão.

Com uma rotina de trabalho que ocupa a maior parte do dia, torna-se um desafio conciliar o desempenho das funções com o tratamento necessário para transtornos psicológicos.

A dimensão desse problema é global: a Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que os transtornos mentais e comportamentais estão entre as principais causas de absenteísmo (faltas) e afastamentos no ambiente de trabalho em todo o mundo.

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Por isso, buscar ajuda profissional não deve ser motivo de hesitação ou vergonha. Essa situação exige a mesma proatividade que se tem ao tratar uma dor física. Questões de saúde mental não são menos importantes ou menos dignas de atenção e empatia.

No ambiente corporativo, é importante que tanto colaboradores quanto líderes estejam atentos a esse cenário, reconhecendo os sinais de esgotamento e agindo para “puxar o freio” a tempo. Priorizar o bem-estar mental é vital para a saúde individual e para a produtividade da organização.

Quando é hora de desacelerar

De acordo com uma pesquisa recente, cerca de 49% dos recrutadores acreditam que os profissionais estão propensos a sofrer da Síndrome de Burnout. Ela também é chamada de síndrome do esgotamento mental e foi incluída como doença ocupacional.

Segundo os recrutadores, as cinco principais razões que os levam a essa afirmação são cargas de trabalho mais pesadas (58%), falta de equilíbrio entre vida profissional e trabalho (58%), mais pressão para obter resultados (55%) e a alta demanda de trabalho concentrada em equipes reduzidas (51%).

São altas as possibilidades de alguém ter depressão no seu trabalho. Pode ser um colega, seu chefe ou até mesmo você. 

Dicas de como cuidar da saúde mental

1 – Sinais de que há algo errado

Se o trabalhador perceber alguns desses cenários, pode ser a hora de buscar tratamento:

Cansaço o tempo todo e mal consegue cooperar com colegas. Se é difícil se concentrar ou ter uma atitude positiva – e a vontade é de não fazer nada. Junto com a moral, a sua produtividade está no ralo. 

2 – Procurar ajuda médica

Se o colaborador tem uma gripe forte ou sinais de diabetes vai atrás do tratamento adequado e assim deve ser com doenças psicológicas.

A depressão não é diferente de qualquer outra condição crônica. Especialistas alertam que é possível tê-la e manter uma vida independente e produtiva. Só que é importante identificar a doença, obter a medicação – se for o caso – e cumprir corretamente as ordens médicas.

3 – Decida quando e se vai falar para o seu chefe

O tipo de empresa em que se trabalha e o relacionamento com os supervisores interferem no quanto o empregado vai abrir sobre a sua depressão. Considere estes fatores – e o tipo de tratamento que você precisa – para determinar as informações que você se sente confortável em compartilhar. 

4 – Tratar do corpo e da mente

Olhar para a saúde física ajuda a dormir melhor e a se alimentar de forma adequada. Uma ideia é fazer caminhadas ou até tentar uma corrida, mesmo de leve – as endorfinas se agitam e podem aliviar alguns sintomas de depressão. 

Portanto, se puder estar ao ar livre e próximo a um parque ou a natureza, tanto melhor. A meditação também ajuda algumas pessoas com depressão ou estresse. Não precisa de método: uma respiração profunda e lenta nos oxigena e nos faz sentir melhor.

5 – Conte com ajuda de seus colegas e familiares

Condições como a depressão deixam as pessoas mais fechadas, mas os colegas no trabalho podem ser uma ótima fonte de ajuda. Considere se abrir com os amigos e familiares mais próximos. Certamente eles estarão dispostos a ajudar. 

Quem convive com alguém com depressão, no trabalho ou em casa, e percebe que há algo errado, também pode ajudar. Respeitar os limites, no entanto, é fundamental.

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Ana Lima
Ana Lima
Ana Lima é formada em Comunicação Social pela Universidade Estácio de Sá e já atua na profissão há mais de 30 anos. Já foi repórter, diagramadora e editora em jornais do interior e agora atua na mídia digital. Possui diversos cursos na área de jornalismo e já atuou na Câmara Municipal de Teresópolis como assessora de imprensa.

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