Auxílio emergencial: beneficiários compram menos de 5 kg de carne com valor pago
O quilo da carne no Brasil superou a faixa de R$ 40 em muitos estados brasileiros, principalmente em Santa Catarina. O que ocasionou uma polêmica em relação às falas do ministro da Economia, Paulo Guedes, que argumentou que algumas famílias se sentiram ricas com o auxílio emergencial ao ponto de comprar geladeiras e casas novas. No entanto, com o valor que é pago mensalmente pelo Ministério da Cidadania, brasileiros não conseguem comprar mais que 5 quilos de carne.
- Alguém que vive sozinho e recebe R$ 150 por mês pelo auxílio emergencial, pode comprar até 4 kg com o preço de R$ 40. Já a situação é um pouco mais tensa para as mulheres solteiras e com filhos: o valor de R$ 375 deve ser dividido por dois ou mais (quantidade de membros dentro de uma residência).
- Supondo que a mãe solteira tenha mais duas crianças dentro de sua residência, terá que dividir R$ 375 por 3: totalizando cerca de R$ 125 para cada um dos membros da família. Com R$ 125, cada um poderia comprar cerca de 3 kg.
Para receber o auxílio emergencial, as famílias devem estar dentro de uma série de requisitos como a renda de até R$ 550 por pessoa ou de três salários mínimos como somatória por todo o grupo.
Então, supondo que toda a família estivesse desempregada ou sem renda, recebendo o programa, não faria sentido argumentarem que essas pessoas compraram casas porque não conseguem comprar sequer o alimento básico para o dia a dia.
Por que Guedes acusa beneficiários de comprar geladeira com o auxílio emergencial?
- Alguns beneficiários receberam o programa de forma indevida. Ou seja, tinham a renda mas se cadastraram e, por erro no banco de dados, receberam o valor e começaram a usar para outros fins. No entanto, isso não se encaixa para todos os brasileiros e há uma parcela bem menor de pessoas que realmente fizeram isso.