Como a sua profissão pode influenciar na sua saúde mental?
Veja quando reconhecer que é o momento de desacelerarAtire a primeira pedra quem nunca se sentiu sobrecarregado pelo trabalho em algum momento da vida. Cobranças excessivas, envolvimento emocional e desgaste físico podem causar diversos problemas psicológicos como ansiedade, estresse e depressão.
Quando se trabalha a maior parte do dia, nem sempre é possível exercer as funções e, ao mesmo tempo, tratar transtornos de saúde mental.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os transtornos mentais e comportamentais estão entre as principais causas de faltas ao trabalho no mundo.
Por isso, ninguém deve relutar para buscar ajuda. Essa situação demanda proatividade da mesma forma que as pessoas fazem quando sentem uma dor no peito ou no joelho. E mais importante, não devem ser considerados menos dignos de simpatia.
No mundo corporativo é essencial perceber esse cenário e reconhecer quando chegou o momento de “puxar o freio”.
Quando é hora de desacelerar
De acordo com uma pesquisa recente, cerca de 49% dos recrutadores acreditam que os profissionais estão propensos a sofrer da Síndrome de Burnout. Ela também é chamada de síndrome do esgotamento mental e foi incluída como doença ocupacional.
Segundo os recrutadores, as cinco principais razões que os levam a essa afirmação são cargas de trabalho mais pesadas (58%), falta de equilíbrio entre vida profissional e trabalho (58%), mais pressão para obter resultados (55%) e a alta demanda de trabalho concentrada em equipes reduzidas (51%).
São altas as possibilidades de alguém ter depressão no seu trabalho. Pode ser um colega, seu chefe ou até mesmo você. De acordo com pesquisa da Universidade de São Paulo em onze países, o Brasil liderou os casos de depressão e ansiedade durante a pandemia do coronavírus.
Dicas de como cuidar da saúde mental
1 – Sinais de que há algo errado
Se o trabalhador perceber alguns desses cenários, pode ser a hora de buscar tratamento:
Cansaço o tempo todo e mal consegue cooperar com colegas. Se é difícil se concentrar ou ter uma atitude positiva – e a vontade é de não fazer nada. Junto com a moral, a sua produtividade está no ralo.
2 – Procurar ajuda médica
Se o colaborador tem uma gripe forte ou sinais de diabetes vai atrás do tratamento adequado e assim deve ser com doenças psicológicas.
A depressão não é diferente de qualquer outra condição crônica. Especialistas alertam que é possível tê-la e manter uma vida independente e produtiva. Só que é importante identificar a doença, obter a medicação – se for o caso – e cumprir corretamente as ordens médicas.
3 – Decida quando e se vai falar para o seu chefe
O tipo de empresa em que se trabalha e o relacionamento com os supervisores interferem no quanto o empregado vai abrir sobre a sua depressão. Considere estes fatores – e o tipo de tratamento que você precisa – para determinar as informações que você se sente confortável em compartilhar.
4 – Tratar do corpo e da mente
Olhar para a saúde física ajuda a dormir melhor e a se alimentar de forma adequada. Uma ideia é fazer caminhadas ou até tentar uma corrida, mesmo de leve – as endorfinas se agitam e podem aliviar alguns sintomas de depressão.
Se puder estar ao ar livre e próximo a um parque ou a natureza, tanto melhor. A meditação também ajuda algumas pessoas com depressão ou estresse. Não precisa de método: uma respiração profunda e lenta nos oxigena e nos faz sentir melhor.
5 – Conte com ajuda de seus colegas e familiares
Condições como a depressão deixam as pessoas mais fechadas, mas os colegas no trabalho podem ser uma ótima fonte de ajuda. Considere se abrir com os amigos e familiares mais próximos. Certamente eles estarão dispostos a ajudar.
Quem convive com alguém com depressão, no trabalho ou em casa, e percebe que há algo errado, também pode ajudar. Respeitar os limites, no entanto, é fundamental.