COPOM se reúne para alterar taxa Selic a 9,25%: quais os impactos na economia?
Nesta terça-feira (07), o COPOM deve voltar a se reunir no seu último encontro de 2021 para determinar a nova taxa de juros para o ano de 2022. As expectativas são de que a Selic vá para cerca de 9,25%. Outros, que são mais positivos, argumentam que possam chegar a 9,5%. O valor atual de juros está em 7,7% ao ano.
A alteração deve impactar diretamente na economia, tanto para aqueles que precisam de empréstimos e financiamentos – visto que deverão pagar mais por isso – quanto para aqueles que aplicam dinheiro em renda fixa – visto que receberão mais juros dos bancos. Por isso, aplicações como LCI, LCA, CDB e CRI devem se tornar ainda mais rentáveis no ano de 2022.
Essa decisão de elevar os juros da COPOM foi tomada mediante o aumento do IPCA e do dinheiro em circulação que estava causando um aumento no valor dos produtos. A inflação acumulada está na faixa de 10,68% até outubro do ano de 2021.
O que o dinheiro em circulação tem a ver com preços e com juros Selic?
Quanto mais dinheiro em circulação, maior o preço dos produtos porque é como se houvesse poder de compra da população na teoria. Por isso, uma forma de estimular a retirada do valor em circulação ou debaixo do colchão é aumentar os juros dos bancos para que os brasileiros tenham vontade de aplicar e ter retornos satisfatórios. E, dificultando para que se consiga empréstimos e financiamentos, também se diminui o valor que está circulando.
Economistas argumentam que um dos principais motivos para o aumento repentino de dinheiro em circulação foi o auxílio emergencial e outros programas sociais que foram pagos à população brasileira. No ano de 2020, as mulheres solteiras e com filhos recebiam R$ 1200, equivalente a mais que um salário mínimo.